Aos 86 anos, a artesã sombriense comemora a presença em todos os encontros
Sombrio
A agilidade nas mãos ao trançar a palha, misturada ao sorriso jovial que carrega no rosto, colocam em xeque a idade da fazedora de chapéus. Ao perguntarmos seu nome, é direta: “Dona Pedrinha”. Insistimos: Pedra dos Santos Mota.
Com 86 anos de idade, ela conta que tece as palhas do butiá desde os seis: “Aprendi com a minha mãe e minhas irmãs, todas faziam chapéus, hoje eu tenho cinco filhos e nenhum faz. Eles sabem trançar, mas costurar, nenhum”.
Ela conta que nunca perdeu um Açor. “No início eu fazia, também umas bolsas de palha, muito bonitas, mas o pessoal não dava valor, aí eu parei. O chapéu é mais fácil e é sucesso. Dá pra tirar um dinheirinho bom”, conta. E tem o bônus de ser “uma terapia pros dedos e pra cabeça”, completa.
Sombrio, nesse final de semana, realiza a 28º edição do Açor. É a segunda vez que a cidade abriga o evento, que é realizado de forma itinerante, pelo estado de Santa Catarina. Dona Pedrinha não faltou nenhum. “Todo mundo me conhece, o pessoal diz que eu sou famosa. Desde Araquari, lá na divisa até aqui, é muita amizade”, finaliza.