A reportagem do Correio do Sul recebeu, neste fim de semana, a denúncia de que estavam faltando máscaras da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas de Araranguá, a UPA. Conforme Fábio Dias Silveira, que levou um amigo doente em busca de atendimento na unidade neste domingo, dia 27, a confusão começou quando ele entrou no local com o amigo sem máscara e reclamando de dor intensa. “Chegando lá, peguei minha máscara, mas infelizmente, com a correria, esqueci de pegar uma máscara para ele. Então, fui à recepção e pedi uma máscara descartável, para que meu amigo pudesse entrar para fazer o cadastro e seguir para a triagem. Fui informado que a UPA não tinha máscaras descartáveis”, relata.
Fábio diz que a atendente reforçou a necessidade do uso do equipamento, enquanto ele insistiu que não possuía máscara para o paciente. Com o impasse, a Polícia Militar foi chamada e Fábio registrou um Boletim de Ocorrência. “Nesse meio tempo, um motorista de ambulância disponibilizou a máscara descartável”, acrescenta. Fábio conta que havia mais pacientes necessitando de máscara no local e que pelo menos mais uma paciente recebeu uma máscara do mesmo motorista de ambulância.
Por fim, ele mesmo acabou comprando três caixas de máscaras e deixando na recepção do UPA. “Essa é a administração da Saúde de Araranguá, diz que faz obras para tudo quanto é lado, mas deixa faltar máscaras descartáveis que são centavos em pontos de emergência”, conclui.
A coordenação da UPA foi procurada e se pronunciou sobre o caso, alegando que houve um mal-entendido e que a falta de máscaras só se deu na recepção. “Sempre temos máscaras nas gavetas da recepção para entregar para quem chega sem. Orientamos sempre que a pessoa entre no estabelecimento já em uso da mesma. O que aconteceu é que acabou na gaveta e não foi reposto. Temos, sim, no almoxarifado, a recepcionista disse que iria buscar e ficou fazendo ficha. Entre esse tempo de avisar a enfermeira que acabou a máscara, ir buscar, dar baixa no sistema a saída do produto, o acompanhante chamou a PM”, relata a unidade. A enfermeira de plantão e a recepção foram advertidas sobre a situação e a demora em entregar a máscara ao paciente.
A equipe ainda pontua que tem trabalhado com afinco há três anos enfrentando a pandemia, e que “É triste ver uma reclamação desse teor e nunca um agradecimento, sendo que o mesmo (o paciente) não teve paciência de esperar. O que se pode fazer é dar advertência à equipe, e foi feito, e pedir desculpas ao paciente por não ter sido entregue imediatamente o insumo que ele exigiu”, encerra.
Ainda, segundo a coordenação da UPA de Araranguá, a unidade estava bastante movimentada no domingo à noite e em nenhum momento o paciente relatou para a enfermeira que o atendeu estar sentindo dor intensa. Sua lesão não foi classificada como grave.