O delegado Jorge Giraldi e o investigador Jaques Douglas de Oliveira foram acusados do homicídio de Ivonete Mezzari Genuino em fevereiro de 2012, em Arroio do Silva
Araranguá
Arroio do Silva
O delegado Jorge Giraldi, em dezembro de 2016, na época em que era coordenador da DIC, a Divisão de Investigação Criminal, de Araranguá, foi acusado pelo promotor Márcio Gai Veiga de ter assassinado sua ex-namorada, com quem tinha uma filha, Ivonete Mezzari Genuino.
O assassinato aconteceu na noite de 23 de fevereiro de 2012, na Praia da Meta, em Balneário Arroio do Silva, quando a menina tinha um ano e cinco meses. Ivonete morreu vítima de disparos de arma de fogo. Ela levou quatro tiros na cabeça e no braço.
O bebê foi encontrado na manhã do dia seguinte, junto ao corpo da mãe, em um automóvel Corsa, onde ocorreu o crime, sem sofrer violência física.
O investigador de Polícia Civil, Jaques Douglas de Oliveira, foi acusado de coautoria no homicídio.
Em 2017 o promotor Veiga foi transferido para outra Comarca e o promotor Gabriel Ricardo Zanon Meyer assumiu a acusação.
Em setembro do ano passado, o promotor Meyer pediu a absolvição sumária do investigador Jaques e a impronúncia do delegado Giraldi, que encerra o processo contra o delegado, já que a manifestação do promotor foi acolhida pelo Poder Judiciário de Araranguá.
Nesta sexta-feira, dia 22, os advogados das partes, Gian Carlos Goetten Setter que é defensor de Giraldi, e André Teobaldo Borba Alves, que é o advogado de Jaques, receberam a sentença da juíza Thania Mara Luz. A magistrada decidiu pela absolvição sumaria de Jaques Douglas de Oliveira e impronuncia de Jorge Giraldi, que não irá a júri popular.
André Alves, advogado de Jaques, declara que tinha convicção da inocência de seu cliente. “Eu sempre soube da inocência do meu cliente. A manifestação do Promotor e agora a sentença da juíza vem comprovar a nossa tese e fazer justiça com meu cliente. Ele sai de alma lavada e consciência limpa”, diz.
Para Gian Setter, advogado de Giraldi, o sentimento é o de dever cumprido. “Sempre tivemos plena convicção da inocência do delegado Jorge. É uma pena que um delegado com um belo serviço prestado ao longo de tantos anos na cidade de Araranguá, tenha que ter passado por esse suplício. Mas temos certeza que ele sai de tudo isso mais fortalecido. O enfrentamento desse longo processo ao final se torna importante, pois agora temos uma decisão de impronuncia que possui lastro no entendimento do Ministério Público que, por seu promotor de justiça, se manifestou igualmente pela impronuncia do delegado Jorge. Enfim, acusação, defesa e a juíza chegaram a mesma conclusão.”