ROLANDO CHRISTIAN COELHO | Lista de candidatos ao Governo só cresce

Eleição estadual em Santa Catarina deverá ter pelo menos dez candidatos ao governo
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A já grande lista de candidatos ao Governo de Santa Catarina não para de crescer. Em princípio, pelo andar da carruagem, no ano que vem teremos candidatos ao governo para todos os gostos.

O último a se lançar como pré-candidato ao comando do Estado é o ex-deputado federal Fernando Coruja, que retorna ao ninho brizolista depois de ter passado por meia dúzia de outros partidos. Fará palanque para a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT) em Santa Catarina, ajudando a alavancar, também, a candidatura à reeleição do deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT). Foi Minotto, ressalte-se, quem convenceu Coruja a bancar o desafio.

A lista daqueles que postularão o governo catarinense, no entanto, é gigante, passando ainda pelos nomes de Joares Ponticelli (PP), Napoleão Bernardes (PSD), Décio Lima (PT), Jorginho Mello (PL), um nome do MDB a ser definido, além da intenção do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) de ser reeleito, e outros postulantes que tentarão se viabilizar através do PSDB, Psol, PCB e ai por diante. Note-se que os bolsonaristas também terão seu candidato, e ele não será, nem de longe, Carlos Moisés. Para isto é preciso, no entanto, definir para qual partido Bolsonaro de fato vai, para então solidificar a tal sigla em solo catarinense.

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Por conta da necessidades que os partidos terão de fazer legenda para eleger deputados federais e estaduais, nosso Estado passará facilmente das dez candidaturas ao governo. Serão estes os puxadores de voto para as candidaturas proporcionais. Por conta disto, não é de se duvidar que com menos de 20% dos votos o cidadão acabe no segundo turno, conquistando o governo, depois, através das famosas composições brancas.

Convenção do MDB poderá ser adiada

Prévias do MDB em Santa Catarina, para escolher o candidato ao Governo do Estado pelo partido continuam marcadas para o dia 15 de agosto. Nos bastidores, no entanto, é cada vez maior as especulações dando conta que a data poderá ser reagendada, por conta da Covid-19. Intenção seria a de esperar com que todos os catarinenses se vacinassem contra a virose, para que, então, se promovesse as prévias. Sugestão de bastidores é que isto acontecesse apenas em outubro. Em princípio o MDB terá que optar entre os nomes do senador Dário Berger, do deputado federal Celso Maldaner e do prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli.

Dário Berger quer Maldaner fora do comando do MDB

E por falar nas prévias do MDB, senador Dário Berger protocolou ontem pedido para que o deputado federal Celso Maldaner se afaste temporariamente da presidência estadual do partido. Dário alega que Maldaner estaria sendo beneficiado com o contato mais direto com os diretórios municipais, por conta da função que ocupa. Na mesma solicitação encaminhada ao diretório estadual do partido, o senador também questiona se as prévias serão mesmo mantidas para o dia 15 de agosto, por conta da pandemia de Covid. Como o oficio foi encaminhado ontem, nenhuma das solicitações foi ainda respondida a Dário Berger.

Bolsonaro deve ser filiar ao Patriota para 2022

Pelo andar da carruagem, presidente Jair Bolsonaro deverá se filiar ao Patriota, para disputar a reeleição. O partido mudou de nome pouco antes do pleito de 2018. Antes se chamava PEN, Partido Ecológico Nacional, e tinha o objetivo de disputar espaço com o PV e o Rede Sustentabilidade, só que através de um viés ideológico mais de direita. Em Santa Catarina ele é presidido por Ailson Barroso, que no pleito estadual passado disputou a segunda suplência de senador, numa aliança com PMN. O projeto não vingou. Em 2012 o empresário Eto Coral até ensaiou uma candidato a Prefeitura de Araranguá pelo então PEN, mas acabou optando pelo PV. Por nossa região a história da sigla se resume a isto.

Jorginho Mello deverá comandar partido de Bolsonaro

O Patriota, no entanto, não deverá ficar muito mais tempo nas mãos de Ailson Barroso. Através do comando nacional do partido, a sigla vem sendo direcionada em Santa Catarina para o grupo político comandado por Jorginho Mello, através de seu filho, Felipe Mello.A situação é para lá de inusitada, já que os bolsonaristas dificilmente irão fechar com Jorginho em sua intenção de concorrer ao governo catarinense.Deputado estadual Jessé Lopes (PSL), por exemplo, com quem conversei semana passada, disse textualmente que “os bolsonaristas de Santa Catarina não apoiarão os velhos projetos de poder”. Jessé é um dos símbolos do bolsonarismo em nosso Estado.

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