FALTA DE MÃO DE OBRA?
Tenho acompanhado nas empresas da região a dificuldade que
estão passando para completar seus quadros de pessoal principalmente
nos setores de produção, independente de funções qualificadas ou não.
As atividades operacionais são as mais prejudicadas.
Sem contar a questão da rotatividade e das faltas, que em média
atribui-se uma meta de 1,5% a 2% para cada fator. Simplesmente após a
admissão, em alguns dias ou semanas, resolvem faltar, alegando questões
diversas, como saúde, cuidar de filho, perda de ônibus etc. Outras
desculpas acontecem, mas que não convencem os chefes imediatos. E o
realizado chega a ficar em até 10% de absenteísmo. A rotatividade
acumulada, ou seja, anual, chega quase a trocar o quadro completo das
pessoas, ou seja, substituição.
Entendo a dificuldade do momento, e pelo andar da carruagem, irá
se arrastar ainda por um bom tempo. O que fazer então? Não existe
fórmula de bolo, e cada um deverá buscar a melhor saída para sua
empresa. Aqui entra em ação o pessoal dos setores ou departamentos de
RH. São eles os especialistas, responsáveis pelos processos de recursos
humanos, sendo um deles: RETER TALENTOS. O que está sendo feito para
reter os talentos na empresa?
Boa hora para rever os benefícios; investir em treinamento,
treinamento, treinamento, operacional e de gestão; fazer um bom
programa de integração ( o que não existe na maioria das empresas de
pequeno e médio porte); chefe imediato estar atento para que o novato
tenha apoio constante, e seja tratado com educação, e não mais um”
como se diz na gíria organizacional”; fazer avaliação de desempenho e
fazer a devolutiva ao funcionário, e também investir em pesquisa de clima
organizacional, são excelentes ferramentas de gestão. Um programa de
participação, como o de melhorias por exemplo, pode ser uma excelente
alternativa.
Fácil e colocar a culpa no mercado, lavar as mãos e deixar o diretor
de cabelos brancos. Hora de usar a criatividade, olhar para a solução,
buscar idéias, acreditar nas pessoas. Para finalizar, bom relembrar que nos
maiores eventos de dificuldades no mercado, as empresas que
conseguiram se defender, foram as que investiram em Qualidade
Produtividade e Recursos Humanos.
Narbal Teixeira da Rosa
Consultor Organizacional