Ministério da Saúde pede que Estados guardem segunda dose da Coronavac

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O Ministério da Saúde, por meio de nota técnica, pediu que os Estados e municípios guardem a segunda dose da Coronavac, fazendo jus à remessa chegou em solo brasileiro na manhã desta quarta-feira (24).

O país recebeu 1,2 milhão de doses do imunizante e outras 2 milhões de unidades da Oxford/AstraZeneca.

As doses da Coronavac devem ser utilizadas com parcimônia pelos estados e municípios, pois deverão ser destinado à aplicação das duas doses da vacina, conforme alertou a pasta federal da Saúde.

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ministério; saúde; estados; guardem; coronavacAs doses foram encaminhadas às 17 UDVES do Estado – Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom/Divulgação/ND

De acordo com o Ministério, o intervalo de duas a quatro semanas entre a aplicação das doses deve ser respeitado e os gestores da saúde devem considerar, ao vacinar a população, que “ainda não há um fluxo de produção regular do imunizante” no Brasil, buscando “evitar prejuízos”.

“Considerando que ainda não há um fluxo de produção regular da vacina, orienta-se que a D2 [dose 2] seja reservada, para garantir que o esquema vacinal seja completado dentro desse período, evitando prejuízo nas ações de vacinação”, ressaltou a pasta no documento, publicado também nesta quarta (24).

Sobre a vacina de Oxford/AstraZeneca, o ministério afirmou que a remessa recebida corresponde apenas à entrega da primeira dose.

O órgão federal esclareceu ainda que as unidades referentes à segunda aplicação serão entregues posteriormente, respeitado o intervalo de 8 a 12 semanas entre as duas doses.

“Ressalta-se que o quantitativo correspondente a D2 da vacina AstraZeneca/Fiocruz será distribuída às UFs em prazo oportuno, a fim de completar o esquema vacinal. É importante destacar que o intervalo entre as D1 e D2 de oito a doze semanas está preservado e deverá ser observado, conforme consta no PNO e bula da vacina”, destacou o Ministério.

Orientação para que Estados guardem doses contradiz FNP

A decisão de se reservar unidades para a segunda dose contradiz uma informação fornecida por dirigentes da FNP (Frente Nacional dos Prefeitos), na última sexta (19).

Naquele dia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reuniu-se com os integrantes do grupo para debater mudanças no cronograma da imunização.

Segundo o presidente da FNP, Jonas Donizette, Pazuello garantiu que o ministério aplicará, inicialmente, apenas uma dose do imunizante a cada brasileiro, com a remessa de 4,7 milhões de vacinas que deve chegar ao país entre os dias 24 e 28 de fevereiro.

Do total, 2 milhões são de doses da Oxford/AstraZeneca/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os outros 2,7 milhões são da Coronavac.

O ministro teria informado que a segunda dose seria administrada com a vacina produzida no Brasil, que deve ser fabricada a partir do mês de março.

Nesta quarta (24), porém, o Ministério da Saúde voltou a recomendar a reserva de unidades para a segunda aplicação.

Distribuição nos Estados

De acordo com a pasta, todos os estados e o Distrito Federal começaram a receber 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford e 1,2 milhão de unidades do imunizante Coronavac, do Instituto Butantan.

Devido à situação das redes de saúde do Norte do país, os estados dessa região vão obter 5% do total de doses de vacinas disponíveis, por meio de um fundo estratégico, para diminuir o aumento de óbitos no local.

Desse recorte, a maior parte será entregue ao Amazonas (70%). Além disso, 20% serão enviados ao Pará e os outros 10% ficarão com o Acre.

O documento aponta que a distribuição de doses será feita da seguinte maneira:

  • Região Norte: 93,2 mil doses do Instituto Butantan; 163,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca;
  • Região Nordeste: 287 mil doses do Instituto Butantan; 482,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca;
  • Região Sudeste: 557,8 mil doses do Instituto Butantan; 934,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca;
  • Região Sul: 197,8 mil doses do Instituto Butantan; 297 mil doses de Oxford/AstraZeneca; e
  • Região Centro-Oeste: 64,8 mil doses do Instituto Butantan; 122,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca.

(Fonte: ND Mais)

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