Na região do Extremo Sul, o único município com cobertura maior que 95% é Ermo, enquanto que Balneário Arroio do Silva e Passo de Torres não imunizaram mais que 60% do público-alvo
Estado
Em meio à pandemia do novo coronavírus, uma outra doença também causa preocupação ao setor de saúde do estado. O novo boletim epidemiológico divulgado pela Dive, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, sobre a febre amarela aponta que, dos 1.032 macacos mortos suspeitos de estarem contaminados em Santa Catarina em 2020, apenas 61 (6% do total), foram descartadas. Além disso, 13% (134) das mortes foram confirmadas como em decorrência da febre amarela.
Em 63% dos casos (650 mortes), não foi possível determinar a causa do óbito. Ainda há 187 casos sob investigação.
Em 2020, foram 17 casos confirmados de febre amarela no período entre 29 de dezembro de 2019 até a semana passada em humanos. Duas pessoas morreram pela doença. As vítimas eram moradoras de Camboriú e Indaial. Um dos casos notificados ao longo de 2020 foi em Sombrio, mas não houve confirmação.
Ainda, segundo o boletim, houve um grande aumento no número das notificações se comparado ao registrado em 2019. Isso indica que o vírus da febre amarela está circulando no estado. “Isto serve como alerta para a adoção imediata de medidas de prevenção, especialmente a vacinação das pessoas a partir dos 9 meses de idade”, aponta o boletim.
O número de óbitos de macacos pela doença cresceu 1.500% em 2020 em comparação com o ano anterior. Ou seja, o total de óbitos de macacos foi quase 16 vezes maior, chegando a 127 animais em 2020.
O método mais eficaz para impedir a contaminação pela doença é a vacinação, mas a cobertura vacinal no estado está abaixo da meta, com 70,67%, enquanto o ideal seria 95% segundo a Dive.
Na região do Extremo Sul, o único município com cobertura maior que 95% é Ermo, enquanto que Balneário Arroio do Silva e Passo de Torres não imunizaram mais que 60% do público-alvo.
Transmissão da febre amarela
A doença é transmitida por mosquitos silvestres, sobretudo em áreas próximas de matas. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos nos casos mais leves.
Nas ocorrências mais severas, a doença pode gerar problemas renais e doenças cardíacas.