Em todo o ano de 2020, Sombrio registrou 123 focos de aedes, e este ano, até o dia 11 de fevereiro, já eram 89. As áreas mais afetadas estão em três bairros localizados no lado Oeste da cidade
Sombrio
Desde o ano passado, um vírus da classe ‘corona’ assombra a humanidade e se tornou a maior preocupação de povos e órgãos governamentais. No entanto, outro bichinho, também pequenino e capaz de fazer grandes estragos na saúde, não pode ser esquecido. Ele é o aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como a dengue, zika e chikungunya.
Em Sombrio, a coordenadora do Programa de Combate as Endemias, Luana da Silva da Rosa, tem motivos para se preocupar com o mosquito. Em 2020 inteiro, o município registrou 123 focos de aedes, e este ano, até o dia 11 de fevereiro, já eram 89. As áreas mais afetadas estão em três bairros localizados no lado Oeste da cidade – Januária, Nova Brasília e São José.
A equipe de combate à dengue possui cinco membros, que verificam semanalmente 158 armadilhas e 60 pontos estratégicos espalhados por todo o município. Pontos estratégicos são locais como borracharias e floriculturas, visitados a cada 14 dias. Quando um foco é encontrado, é delimitada uma área de 300 metros de perímetro para atuação da equipe. Os focos são muitos, mas os casos de doença são tão raros que nenhum foi confirmado no ano passado e este ano houve até agora somente uma suspeita de paciente com dengue.
A atividade da coordenadoria de combate a endemias é constante, mesmo assim, precisa ser ampliada, avalia Luana. A intenção é dobrar o número de armadilhas e aumentar os pontos estratégicos agora em 2021.
A coordenadora da Atenção Primária da Secretaria de Saúde de Sombrio, enfermeira Aline Inácio, explica que foi elaborado um cronograma de trabalho para o combate a dengue, que inclui a volta das ações educacionais nas escolas, interrompidas devido a paralisação das aulas presenciais em decorrência da pandemia do coronavírus. “Pedimos a Luana uma lista das necessidades do programa de combate a dengue e já estamos encaminhando a aquisição do necessário para duplicar as armadilhas. Também vamos nos reunir com representantes das comunidades para falar sobre um mutirão de limpeza de objetos que acumulam água parada”, informa Aline.
Porém, as duas profissionais enfatizam que o poder público sozinho não consegue dar conta de eliminar os focos do mosquito. A população precisa ser parceira e fazer a sua parte.
O período de verão, com as chuvas de fim de tarde e o calor, é especialmente perigoso para que o mosquito se reproduza e possa trazer sérios danos à saúde humana. Quem quiser fazer alguma denúncia ou pedir orientação sobre o aedes aegypti, pode entrar em contato com o serviço de endemia pelo telefone 3533 5277.