O que você fez de bom hoje para alguém?
Sabe aquela expressão “fazer o bem sem olhar a quem”?
Então me responda: qual foi a última vez que você fez isso?
Quando nossa vida entra naquele ritmo que mais parece um hamster numa roda giratória, encontramos mil e um motivos para esquecer nossa missão de ajudar o próximo.
Agendas superlotadas, tarefas que começam ao nascer do sol e seguem até muito depois do pôr do sol, e o tic-tac do relógio nos lembrando que o tempo está acabando — tudo contribui para isso.
Só de pensar, o coração acelera, não é?
E quando não conseguimos cumprir tudo, vem aquela culpa quase instintiva, como se fosse um lembrete pendurado num lugar visível da casa. Ela nos persegue até o sono, abalando nossa saúde mental, emocional, física e até espiritual.
O que fazer?
Tirar um tempo para nós mesmos. Toda obra-prima requer foco e cuidado durante o processo — e nós também.
Quando cuidamos de nós, ganhamos mais vigor, energia e disposição para cuidar dos outros.
Mas também é importante lembrar que, ao ajudar o próximo, o ato de bondade contribui para o nosso próprio bem-estar, fortalecendo inclusive o sistema imunológico.
“Quando você se envolve em bondade, seu corpo produz endorfinas e serotonina, o que pode ajudar a combater a inflamação e aumentar a função imunológica”, cita o artigo O Poder da Bondade, publicado no site do Patterson Health Center.
A Associação Americana de Psiquiatria também confirma, em seu site (psychiatry.org), que:
“Atos simples de bondade no dia a dia podem contribuir para melhorar seu humor, reduzir o estresse e possivelmente aliviar sintomas de depressão ou ansiedade. Além disso, o que pode parecer um pequeno gesto gentil pode ter um impacto maior do que você imagina.”
Durante os mais de vinte anos dedicados ao BK, além da minha paixão por desenvolver líderes para a companhia, há algo que sempre me fascinou: é quando a clientela se envolve em uma das mais belas ações que já presenciei — o “Pay It Forward.”
Na fila do drive-thru, de repente alguém resolve pagar o pedido do cliente de trás. É um gesto simples, voluntário, nascido de um ato de generosidade que contagia todos ao redor — o que nós, brasileiros, chamamos de “fazer o bem sem olhar a quem.”
A continuidade dessa corrente depende da disposição, da condição financeira ou simplesmente da vontade do próximo. Já vi essa sequência se prolongar por um bom tempo, causando um impacto impressionante em quem presencia.

O fato é que o valor monetário é o que menos importa — o valor emocional e humano desse gesto é o que realmente transforma, trazendo benefícios surpreendentes a nossa própria saúde mental e emocional.
Então, que tal começar hoje?
Um sorriso, uma palavra de apoio, um café oferecido, um simples “posso te ajudar?” — pequenos gestos que, somados, constroem um mundo melhor.









