Na manhã desta sexta-feira, dia 6, os delegados Jair Pereira Duarte, coordenador da DIC, a Divisão de Investigação Criminal, de Araranguá, e Eliane Chaves, coordenadora da Dpcami, a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, de Araranguá, concederam entrevista coletiva sobre os assassinatos de Caroline de Souza, de 24 anos, e Gabriela Silva Rocha, de 21 anos, desaparecidas desde segunda-feira, dia 2.
Segundo a delegada Eliane, as investigações iniciaram já na segunda-feira, por um chamado de desaparecimento ou sequestro. Imediatamente policiais da Dpcami e da DIC se dirigiram até a casa onde as duas moravam, no bairro Coloninha, em Araranguá, de onde elas foram retiradas à força. Na quinta-feira, dia 5, a investigação passou a ser de duplo homicídio. “Que pode chegar a feminicídio, mas por ora, tratamos de duplo homicídio”, declarou a delegada.
Os corpos das duas jovens foram encontrados boiando no Rio Araranguá, na tarde de quinta-feira e no período da noite, a Polícia Científica confirmou se tratarem de Caroline e Gabriela. Elas estavam com as mãos amarradas, marcas de degola no pescoço e amordaçadas.
O delegado Jair salientou o apoio da Polícia Militar, desde o início das investigações. “As investigações iniciaram no momento que chegaram as informações da família sobre o desaparecimento, a Polícia Militar também participou, de maneira intensa, desde o primeiro momento. A PM auxiliou também na decorrência das investigações de outro sequestro, que a gente ainda não conseguiu dar certeza, se tem vinculação ou não com estes homicídios, até chegar na data de ontem. As investigações continuam de maneira intensa, temos detalhes que não podemos revelar, mas não vamos parar, até esclarecer estes casos”, afirmou Jair Pereira Duarte.
O delegado Jair foi questionado se a investigação já tem suspeito e motivação e ele respondeu que ainda não pode passar estas informações. “A gente ainda não pode revelar estes pontos da investigação, mas estamos trabalhando desde o início com informações da família, com imagens de câmeras de vigilância e outros meios. Quem sabe, daqui alguns dias, a gente já possa passar estas informações”, ponderou a autoridade policial.
Sobre a investigação o delegado Jair revelou alguns detalhes. “A gente conseguiu apurar, até agora, que elas foram retiradas do local, a gente conseguiu rastrear o caminho que elas fizeram até um determinado ponto e o último ponto que a gente conseguiu identificar que elas caminharam não era muito longe do local, onde elas foram encontradas”, revelou o delegado.
O Canil da Polícia Militar auxiliou a Polícia Civil no rastreamento do caminho que as jovens percorreram até serem brutalmente assassinadas. “As duas estavam da mesma maneira, amarradas e amordaçadas, agora vamos esperar o laudo, para sabermos qual foi a lesão que originou a morte de cada uma delas”, revelou a delegada Eliane.
As investigações estão sendo coordenadas pela DIC, com apoio da Dpcami.