Presidente Lula da Silva (PT) não está conseguindo se conter, e, apesar das promessas feitas, vez por outra tem se dedicado a alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula foi orientado por assessores a esquecer de Bolsonaro, objetivando não aumentar a rivalidade entre bolsonaristas e seu governo. As orientações, no entanto, não estão sendo cumpridas.
Em várias inaugurações que tem feito pelo país, o presidente tem investido pesado em comparações com seu antecessor, ora o chamando de “coisa ruim”, de “furacão do mal”, ou até mesmo de “facínora”. Em que pese toda sua experiência política, Lula erra feio ao provocar Jair Bolsonaro, que não tem mandato, não poderá concorrer à próxima eleição presidencial, por determinação do Tribunal Superior Eleitoral, e, por conta disto, não tem nada a perder. Ao atacar o ex-presidente Bolsonaro, Lula o traz para o cenário político, mantendo viva a chama de seu principal opositor nacional.
Atacar adversários sempre fez parte do jogo político nacional, de modo a manter a dualidade política, se evitando a criação de novos grupos contrários mais fortes. Este, no entanto, não é o caso que envolve Lula e Bolsonaro. A última eleição nacional foi decidida por menos de 1% dos votos, com o ex-presidente Jair Bolsonaro lutando contra tudo e contra todos, o que, de forma incontestável, prova a força de sua liderança. Tudo o que Bolsonaro precisa agora é que Lula o ataque, de modo a provocar seus simpatizantes.
Estes ataques mobilizarão os bolsonaristas, que devem voltar às ruas no ano que vem com força total, buscando a eleição de prefeitos, vices e vereadores, para que estes deem sustentação a candidatura presidencial a ser apoiada por Jair Bolsonaro em 2026. Sendo assim, na prática, quanto mais Lula falar mal de Bolsonaro, muito melhor para os aliados de Bolsonaro.
Este raciocínio também vale para os bolsonaristas em relação a Lula. Ao elencar Lula da Silva como principal problema do Brasil, e responsável único por todas as mazelas da Pátria, os bolsonaristas acabaram por endeusar o petista junto a seus seguidores. A bola de neve cresceu tanto, que de presidiário Lula voltou a se tornar presidente do Brasil.
Finais
- Durante encontro municipal do diretório do PL sombriense, no último final de semana, o vereador Adriano Coelho de Jesus, o Adriano Magrão, atualmente filiado ao PRTB, manifestou seu desejo de se filiar ao ninho liberal. A filiação de Magrão, no entanto, deverá se dar apenas no próximo mês de março, ocasião em que se abre a janela de transferência partidária para os vereadores eleitos no pleito de 2020. Magrão irá reforçar de forma substancial o grupo de candidatos a vereador que vem sendo montado pelo PL, e que já conta com nomes como o do Secretário Municipal de Saúde, o vereador licenciado Rafael dos Santos Silva, o Rafa Enfermeiro, do servidor público municipal Eduardo Cândido, e de Joel Barbosa, filho do pastor evangélico Élzio Barbosa.
- Dos 15 municípios de nossa região, em onze os atuais prefeitos e vices poderão disputar a reeleição. Destes onze, a tendência é que em nove a atual dobradinha majoritária formada em 2020 permaneça a mesma. As duas exceções são Praia Grande e Morro Grande. Em Praia Grande o prefeito Fanica Machado (PP) já anunciou que o PSDB não deverá concorrer novamente como seu vice em 2024. Os tucanos aceitaram de comum acordo esta decisão, que abre a possibilidade para que o MDB indique o vice de Fanica ano que vem. Já em Morro Grande o MDB, do vice-prefeito Juraci Favarin, o Tatin, quer indicar o cabeça de chapa, cedendo o vice para o Progressistas, do atual prefeito Clélio Daniel Olivo. Se não houver acordo, o MDB diz que lançará candidato próprio a prefeito.