Candidatos ao Governo do Estado, os senadores Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP) sabem que só existe espaço para um bolsonarista no segundo turno da eleição estadual deste ano. Isto somente não aconteceria se candidatos como Décio Lima (PT), Gean Loureiro (União) e Jorge Boeira (PDT), crescessem a tal ponto, de modo a ameaçar a presença do governador Carlos Moisés da Silva (Rep) na segunda etapa da eleição. Por mais estranho que possa parecer, Carlos Moisés, Décio, Gean e Boeira estão dentro do mesmo espectro político, qualificado como social-democracia. Basicamente, um fica roubando voto do outro a todo instante. Neste momento, quem mais ameaça o governador é Décio e Gean. O mais provável, no entanto, é que Carlos Moisés se mantenha na liderança da disputa eleitoral neste primeiro turno, única e exclusivamente por conta da aliança que fez com o MDB, e por conta dos apoios recebidos de líderes do Progressistas e do PSDB, partidos que, oficialmente, abrigam respectivamente as candidaturas de Amin ao governo e de Dalírio Beber a vice.
Em princípio, teoricamente, uma vaga no segundo turno está reservada a Carlos Moisés, e a segunda vaga está reservada a um bolsonarista. Por ora, os dois candidatos mais bolsonaristas que temos visto são Jorginho Mello e Esperidião Amin, por estarem filiados a partidos que dão sustentação oficial ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O fato é que quem se mostrar mais bolsonarista tem mais chances de chegar ao segundo turno, e, por conta disto, a briga entre Jorginho e Amin é grande.
Vale lembrar que na eleição de 2018 os dois então candidatos ao Senado conquistaram suas vagas fazendo 18% dos votos dos catarinenses, o que indica um equilíbrio de forças entre ambos. Nesta eleição, ambos têm prós e contras. A maior vantagem de Jorginho é estar filiado diretamente no PL de Bolsonaro, repartindo com ele a legenda do número 22. Sua maior desvantagem é o fato de não contar com uma coligação forte. A maior vantagem de Amin é ter uma coligação mais forte, ainda que não coesa, e de estar, historicamente, mais identificado com o pensamento conservador. Sua grande desvantagem é o fato de ter um desgaste de 50 anos de vida pública.
De forma meramente analítica, por conta do equilíbrio de forças, quem tem mais chances de chegar ao segundo turno é Jorginho, meramente por conta do chamado teto eleitoral de Amin, causado por sua longa exposição pública estadual ao longo de cinco décadas. A equidade de ambos, no entanto, deixa o cenário bastante nebuloso, o que tem gerado as constantes alfinetadas de um no outro, de modo a se desprender do senso comum e colar de vez em Bolsonaro.
Lula estará em Florianópolis no domingo
Candidato ao Palácio do Planalto, ex-presidente Lula da Silva (PT) virá a Florianópolis no domingo, 18, onde promove encontro com simpatizantes de seu projeto a partir das 10h, na Praça Tancredo Neves, no centro da cidade. De acordo com o coordenador regional do PT, ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Araranguá, Ozair Banha da Silva, o partido está se mobilizando para levar uma caravana de simpatizantes até o ato político na capital catarinense. Conforme Banha, cerca de 200 simpatizantes de Lula, de nossa região, deverão prestigiar o evento. Principal antagonista de Lula, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não virá a Santa Catarina no primeiro turno.
Vampiro, Ada e Tiago têm feito encontros constantes na Amesc
Candidatos à Câmara Federal, deputados estaduais Luiz Fernando Vampiro (MDB) e Ada de Luca (MDB), têm realizado uma série de reuniões políticas aqui no Extremo Sul Catarinense. Algumas de forma individual, outras em conjunto, para demonstrar unidade no MDB. Em todas elas a dobradinha é com Tiago Zilli (MDB) a deputado estadual. Neste ano o MDB da região da Amesc está bastante mobilizado, e nutre a expectativa de fazer, no mínimo, 20% dos votos aqui do Extremo Sul para este trio de candidatos, o que daria 25 mil votos para Tiago, e 25 mil votos a serem divididos entre Vampiro e Ada. O histórico de votação do partido na região colabora para isto.