Progressistas, MDB e PL deverão ser os grandes protagonistas do pleito eleitoral deste ano em nossa região. Juntos, os três partidos irão lançar cerca de 30 candidatos a prefeito, e pelo menos outros dez candidatos a vice-prefeito, no conjunto dos 15 municípios da Amesc.
O Progressistas e o MDB, por óbvio, ainda colhem frutos de sua própria história aqui no Extremo Sul Catarinense, já que ao longo de quase 60 anos as duas legendas têm se mantido como os grandes adversários da política regional. Já o PL, insuflado pela onda bolsonarista, tentará emplacar candidaturas a prefeito e a vice-prefeito na maior quantidade possível de municípios, apostando no voto ideológico, marca registrada do pleito estadual e nacional de 2022, não só aqui em nossa região, mas em todo o Estado.
O segundo bloco de partidos com mais candidatos a prefeito e a vice aqui no Extremo Sul será composto por PSDB, PSD e PT. Estes três partidos juntos deverão lançar cerca de 15 candidatos a prefeito, e outros cinco a vice-prefeito, no conjunto dos 15 municípios da Amesc.
Um terceiro bloco é composto por Podemos, União Brasil, Partido Novo e Psol, que deverão lançar cerca de cinco candidaturas majoritárias na região.
Obviamente, quanto mais candidatos um partido tiver, maiores são as chances de ocupar os espaços disputados. Entre Progressistas, MDB e PL, as maiores chances de eleição estão dentro das duas primeiras legendas, que possuem candidatos mais consolidados, dentre os quais vários disputando a reeleição, o que lhes confere uma maior chance eleitoral, tendo-se como base as estatísticas das últimas eleições.
Já no segundo bloco de partidos com mais candidatos majoritários, se ressalta o PSDB, no que diz respeito as chances de eleição, já que a legenda conta com dois prefeitos disputando a reeleição.
O terceiro bloco, composto por Podemos, União Brasil, Partido Novo e Psol, dependerá muito mais dos deslizes de seus adversários, do que de seus próprios méritos, para conseguir eleger candidatos majoritários. Tratam-se de partidos sem tradição política em nossa região, e, portanto, sem uma boa base eleitoral. Os adversários, no entanto, precisam ficar atentos, pois em toda a eleição há sempre um azarão.
Finais
- Em São João do Sul, MDB e PL estão travando uma verdadeira queda de braços, para chegar a um denominador comum, em relação a composição da chapa majoritária. Os dois partidos estão afinados em seus propósitos diante das eleições deste ano, mas ainda não conseguiram se entender no que diz respeito a candidatura de prefeito e de vice-prefeito. O MDB dispõe do nome do vereador Márcio Grei Magnus para concorrer a prefeito, e o PL dispõe do nome do ex-vice-prefeito Gilberto Delfino, o Betinho, para a mesma vaga. Os dois partidos querem concorrer unidos, mas, por ora, nenhum quer abrir mão da cabeça de chapa para o outro. As duas legendas, no entanto, têm consciência que se disputarem a eleição cada qual com seu candidato a prefeito irão estar facilitando sobremaneira a vida do ex-prefeito Alex Biachin (PP), que irá disputar a prefeitura tendo como candidato a vice o vereador Ismael Oliveira (PSD).
- Em Timbé do Sul, MDB e PL também vislumbram uma possível dobradinha entre as duas legendas. A diferença, no município, é que o MDB já decidiu que terá candidato a prefeito, independentemente de quaisquer outras candidaturas. Neste caso, restaria ao PL, do pré-candidato a prefeito Robson Pizzollo, compor como vice do MDB, que irá lançar o ex-vereador Marlon Panatta como candidato a prefeito. A cada dia que passa, no entanto, a possibilidade de uma dobradinha entre MDB e PL fica mais remota, já que Marlon Panatta está em franca pré-campanha ao Executivo Municipal, ladeado por Pedro Alexandre (PSDB), seu provável candidato a vice. Se o PL decidir ser vice do MDB, só no período das convenções, é provável que não consiga mais ter espaço na majoritária, já que a vaga de vice estará cada vez mais comprometida com o PSDB de Pedro Alexandre.