Saca foi comercializada na safra passada entre R$ 50,00 e R$ 55,00, podendo este ano chegar a R$ 90,00. O setor é relevante para a economia da região, porém, o consumidor está reclamando do preço do arroz nas prateleiras dos supermercados
Região
A Epagri retomou, mês passado, as atividades presenciais com agricultores, que haviam sido paralisadas devido a pandemia do novo coronavírus. Em fevereiro, um dia de campo sobre a rizicultura foi realizado em Turvo, ainda, uma equipe da Epagri esteve no município de Capão do Leão, no Rio Grande do Sul, participando da abertura oficial da colheita do arroz. A viagem tão longa teve um bom motivo, explica o engenheiro agrônomo da Epagri de Meleiro, Reginaldo Ghellere. Pesquisadores catarinenses possuem uma unidade de demonstração de cultivo de arroz naquele local, e divulgam junto aos produtores gaúchos as variedades de cultivares desenvolvidas pela empresa.
Aqui no Extremo Sul catarinense, a colheita do arroz teve início principalmente no município de Meleiro. Os demais, como Turvo e Araranguá, começaram depois a retirar o cereal da terra. Segundo Reginaldo, a área plantada na região tem se mantido sem muita alteração, alcançando 49 mil hectares e sem muito mais espaço para crescer.
A aposta é na tecnologia para aumentar a produtividade, que este ano deve se manter na casa das 155 sacas por hectare. Quanto ao preço do grão, também há otimismo. Reginaldo explica que a saca foi comercializada na safra passada entre R$ 50,00 e R$ 55,00, podendo este ano chegar a R$ 90,00. O setor é relevante para a economia, e deve movimentar aproximadamente R$ 800 milhões este ano na região. Dinheiro que ajuda a movimentar desde o comércio de roupas e alimentos, até o de veículos e tantos outros. Porém, o consumidor está reclamando do preço do arroz nas prateleiras dos supermercados. O engenheiro agrônomo defende que mesmo com a alta no preço, o cereal ainda é barato, se comparado a outros alimentos.
A região sediou por dois anos seguidos a solenidade de abertura oficial da colheita do arroz em Santa Catarina. Em 2019 o ato aconteceu em Jacinto Machado e em 2020 em Turvo. Este ano, a sede foi Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí.