O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revogou, na tarde de hoje, a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima e a apreensão de seu passaporte e certificado de registro de arma de fogo. O artista é um dos alvos da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas online, assim como a influenciadora Deolane Bezerra, que também obteve habeas corpus e foi liberada.
A decisão foi tomada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso. Ele afirmou que as justificativas para a prisão eram baseadas em “meras ilações impróprias e considerações genéricas”. O desembargador esclareceu que não havia evidências de que Gusttavo Lima estivesse ajudando fugitivos durante uma viagem à Grécia com sócios da empresa Vai de Bet, da qual o cantor adquiriu 25% em junho de 2024.
O desembargador destacou que o embarque do cantor ocorreu antes das prisões dos sócios da empresa, reforçando que não havia indícios de fuga ou favorecimento. Ele também apontou que a participação de Gusttavo Lima na empresa não constitui evidência suficiente para justificar os crimes alegados.
A defesa do cantor se manifestou, expressando alívio e satisfação com a decisão. Em nota, a defesa afirmou que a decisão anterior havia se baseado em presunções contrárias aos fatos apresentados nos autos, além de mencionar que a relação do artista com as empresas investigadas era apenas de uso de imagem e resultante da venda de uma aeronave.
A ordem de prisão foi inicialmente decretada pela juíza Andréa Calado da Cruz, que alegou conivência do artista com foragidos. A operação investiga a compra de aeronaves e transações financeiras suspeitas envolvendo as empresas do cantor, que receberam cerca de R$ 49,4 milhões de empresas ligadas a jogos desde 2023.
Após a revogação da prisão, Gusttavo Lima deve seguir com suas atividades normais enquanto as investigações continuam.