Sombrio
A Acis, Associação Comercial e Industrial de Sombrio, se reuniu na tarde da última sexta-feira, dia 12, com a prefeita do município Gislaine Cunha, com o prefeito de Balneário Gaivota, Everaldo dos Santos, o Kekinha, e com a secretária de Saúde de Santa Rosa do Sul, Fernanda Casagrande Velho Mattioli. O encontro tratou da conscientização de lojistas e empresários sobre a prevenção ao coronavírus.
A presidente da entidade Maiara Duarte Cardoso, disse que vem alertando os associados para a necessidade de maior colaboração com às medidas sanitárias. “Temos dito aos empresários que o poder público não quer decretar o fechamento de tudo, mas se não houver colaboração deles, podemos chegar a esse ponto”.
Na sexta-feira, a Acis iniciou uma campanha nas redes sociais, mas pretende ir além. A proposta apresentada na reunião foi a de criação de uma espécie de cartaz ou selo dado aos estabelecimentos comerciais, que cumprem todas as regras de prevenção. Seria uma marca de empresa ‘Amiga da Prevenção’ ou ‘Inimiga do Coronavírus’, o modelo ainda não foi definido. A entrega seria feita depois de uma inspeção da força tarefa da fiscalização, e ficaria visível aos clientes. “É um reconhecimento a quem faz tudo certinho, e depois podemos incentivar a população a valorizar estes locais”, completou Maiara.
Os presentes apoiaram a ideia, que deve ser desenvolvida esta semana. No entanto, para os prefeitos a maior preocupação está nas festas clandestinas e encontros familiares. “É preciso ir no bolso, multar, só assim pode-se dar jeito”, opinou Kekinha. Gislaine concordou: “Se não pegarmos pesado na prevenção, não será mais possível suportar”.
Uma campanha com maior impacto também deve ser utilizada, alertando às pessoas para a gravidade da situação.
Os secretários de Saúde de Sombrio, Rafael da Silva, e da Gaivota, Daiane Daboit, também estavam no encontro. Rafael falou de mais um agravante no quadro da saúde pública da região. Os medicamentos utilizados para o tratamento da Covid estão sofrendo reajustes alucinantes de um dia para o outro, devido à escassez. Segundo ele, na quinta-feira o hospital Dom Joaquim verificou que 600 ampolas de um medicamento estavam custando R$ 3 mil, no dia seguinte o mesmo fornecedor pediu R$ 11 mil. “Não tem de quem comprar, ou paga ou intuba o paciente acordado”, disse.
Na semana passada, o administrador do hospital Nossa Senhora de Fátima de Praia Grande, já tinha falado sobre este assunto em uma reunião com lideranças do seu município. Jean Gonçalves citou um medicamento que em janeiro era adquirido por R$ 28,00 e agora em março é comercializado por R$ 298,00.