
O sombriense Jones Batista foi na década de 80 para Sergipe e casou com Patrícia Vieira dos Santos. O casal mora no estado nordestino, mas costuma vir para o Extremo Sul nas férias
Balneário Gaivota
O que você sabe sobre o estado de Sergipe? Provavelmente, que a capital é Aracaju e pouca coisa mais. No entanto, na década de 1980, um grupo de sombrienses foi tentar a sorte por lá, e alguns nunca mais voltaram. Um deles é Jones Batista, que saiu de Sombrio em 1985 e agora somente vem a passeio, visitar um irmão em Balneário Gaivota e a mãe em Santa Rosa do Sul.
Jones é casado com a sergipana Patrícia Vieira Santos, e os dois permanecem na região até o início de fevereiro. Hoje, ele está completamente adaptado ao estado nordestino, e ela já conhece bem o Extremo Sul de Santa Catarina. Entre as diferenças, citam a temperatura. “Lá é quente o ano todo”, confirma Patrícia, que nem no inverno enfrenta temperaturas baixas como a que pegou por aqui em pleno verão.
Alimentação e religiosidade também diferem. Os sergipanos adoram os festejos de São João, comemorados com muita música, dança de quadrilhas e forró durante todo o mês de junho. “É muito bonito, assistir os dançarinos de forró é um show à parte”, diz Jones.
No ano passado, os eventos não aconteceram devido à pandemia.
Infelizmente, existem algumas semelhanças entre Sergipe, Santa Catarina e o restante do país, em um aspecto negativo.
Patrícia trabalha no Núcleo de Flagrantes de Aracaju, e acompanha as audiências de custódia dos presos em todo o Estado. Tanto lá quanto aqui, o sistema penitenciário está à beira do caos. Presídios e penitenciárias recebem muito mais detentos e detentas do que as vagas existentes, e estão superlotados. No entanto, nem tudo é problema em sua área de trabalho, e ela afirma que Sergipe tem práticas e ações inovadoras e muitas vezes a frente das demais unidades da federação.
Jones é professor da Universidade Federal de Sergipe e possui uma livraria junto ao campus universitário.