Duas vacinas contra o Covid são aprovadas em uso emergencial

A primeira dose da CoronaVac foi aplicada na enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de São Paulo
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A Anvisa aprovou, por unanimidade, neste domingo, o uso emergencial da vacina Coronavac e também da vacina da Universidade de Oxford. A reunião que discutiu o tema durou cerca de 5 horas

País

Na tarde deste domingo, dia 17, muitos brasileiros comemoraram a aprovação pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de duas vacinas contra o Coronavírus. A Agência aprovou, por unanimidade, o uso emergencial da polêmica vacina Coronavac, que em outubro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que não seria comprada pela Governo Federal, e também da vacina da Universidade de Oxford. A reunião que discutiu o tema durou cerca de 5 horas.

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Os diretores acompanharam o voto da relatora dos pedidos, Meiruze Freitas. No caso da Coronavac, a diretora condicionou a aprovação à assinatura de termo de compromisso e publicação em “Diário Oficial”. Segundo a Anvisa, somente o termo de compromisso assinado pelo Instituto Butantan precisa ser publicado no “Diário Oficial da União”.

Segundo Leonardo Filho, estatístico da Anvisa, a eficácia da Coronavac é de 50,4%, em percentual arredondado. Segundo o gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, a eficácia da vacina de Oxford é de 70,42%.

O pedido sobre a Coronavac foi apresentado em 8 de janeiro pelo Instituto Butantan e é referente a 6 milhões de doses importadas, produzidas pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Butantan também desenvolve a vacina no Brasil.

O pedido sobre a vacina de Oxford foi apresentado em 8 de janeiro pela Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz, e é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina desenvolvida pela universidade do Reino Unido e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil. Estas doses da vacina ainda não estão no Brasil.

Primeira dose

Ainda na tarde de domingo, o Governo de São Paulo aplicou a primeira dose da CoronaVac. A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, foi a primeira pessoa, fora dos estudos clínicos, a receber a vacina. Mulher, negra, Mônica faz parte do grupo de risco para a doença, e atua na linha de frente contra o Covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ela foi voluntária da terceira fase dos testes clínicos da CoronaVac realizados no país e tinha recebido placebo. A aplicação foi feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a Universidade de São Paulo, e acompanhada pelo governador João Doria.

Distribuição nacional

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse também na tarde de domingo, que o Governo Federal começa nesta segunda, dia 18, às 7 horas, a distribuição de vacinas contra o Covid-19 para todos os estados. Ele também previu o início da campanha para quarta-feira, às 10 horas. A distribuição, segundo o ministro, será feita pela FAB a “pontos focais” definidos por cada estado.

Fase 1

O primeiro grupo prioritário, a ser vacinado na fase 1, é formado por trabalhadores da saúde (5,88 milhões), pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões), pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões) e indígenas com idade acima de 18 anos (410 mil).

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