Sombrio
País
O ‘Enem da pandemia’ foi bastante diferente dos demais, pelo menos para os estudantes que fizeram a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio na escola Catulo da Paixão Cearense, de Sombrio. Nos anos anteriores, antes do fechamento do portão o clima era agitado, com os candidatos em grupos, rindo e conversando. Este ano, todos foram se dirigindo para as sete salas preparadas para as provas, sem aglomero e quase em silêncio. Às 13 horas, o portão fechou e nos minutos seguintes ninguém chegou atrasado.
Uma das últimas a entrar foi Bianca da Silva Fiuza de 16 anos. Aluna de escola pública em Santa Rosa do Sul, ela disse que teve mais dificuldade em estudar no ano passado. “Me preparei, mas não como eu queria, e minha maior preocupação é a disciplina de matemática”, disse. Mesmo assim, Bianca não desejava que o Enem fosse adiado, adiando também seu desejo de ser aprovada e cursar Fisioterapia.
Próximo ao Catulo, Lisiane Brossard aguardou no carro até o portão se fechar. Tinha vindo trazer o filho de 17 anos e estava ansiosa. “Espero que ele vá bem, mas o ano passado foi complicado para os alunos”, comentou.
Além dos materiais tradicionalmente exigidos, este ano os participantes tiveram que levar máscara e alguns carregavam seus frascos de álcool em gel, apesar de estar disponível nas salas.
Neste primeiro domingo de avaliação, os candidatos fizeram a redação, 45 questões de linguagens e 45 de ciências humanas. O tema da redação foi ‘O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira’.
Desde 2009, o Enem é composto por quatro provas objetivas, com 45 questões cada, e uma redação. As provas são estruturadas em quatro matrizes de referência, uma para cada área de conhecimento. Há um caderno de questões para cada dia de aplicação. A segunda etapa acontece no próximo domingo, dia 24.