Enquanto o mundo aguarda ansiosamente o próximo meme viral ou o lançamento do novo iPhone, o parapsicólogo brasileiro Athos Salomé, autoproclamado “Nostradamus Vivo” (será que ele tem o número do SAC do Nostradamus original?), resolveu nos brindar com suas costumeiras previsões apocalípticas para 2025. Segurem seus chapéus de alumínio, porque a coisa promete!
Salomé, o mesmo que jurou ter previsto a pandemia (convenhamos, quem não previu uma hora ou outra, com tanta gripe circulando?) e a guerra na Ucrânia (essa até minha avó, que só assiste novela, acertou), agora mira em um futuro digno de filme de ficção científica lado B.
Preparem-se para humanos turbinados geneticamente (made in Ásia, claro, porque lá o pessoal é “mais avançado” nessas coisas), inteligência artificial rebelde dando piti digital, chips implantados em todo mundo (ótimo para rastrear promoções no supermercado, péssimo para a privacidade) e, para completar o pacote, ETs dando o ar da graça em Marte. Ufa! Quase fiquei sem fôlego.
A cereja do bolo (ou seria azeitona, considerando o tom agridoce da coisa toda) fica por conta da conspiração internacional para acobertar a existência dos marcianos. Adivinhem quem está metido nessa? China, Rússia e EUA, o trio parada dura de sempre. Mas calma, a SpaceX está aí para salvar o dia e botar a boca no trombone. Ufa de novo! Que alívio termos Elon Musk para nos proteger dos segredos interplanetários.
É claro que não podemos deixar de mencionar o ilustre ancestral de Salomé, o “verdadeiro” Nostradamus. Michel de Nostredame, o boticário francês que virou profeta das celebridades, lá no século XVI, também adorava uma previsão vaga e cheia de simbolismos. Suas “Centúrias” renderam (e ainda rendem) muita interpretação mirabolante, com gente jurando de pés juntos que ele previu de tudo, da Revolução Francesa ao 11 de Setembro. O problema é que, com tanta ambiguidade, qualquer coisa pode virar uma “profecia” depois que o fato acontece. É tipo ganhar na loteria depois de ter jogado todos os números possíveis: difícil errar, né?
Enquanto isso, a gente segue aqui, esperando 2025 chegar para ver se os humanos geneticamente modificados vão mesmo dominar o mundo, se a IA vai nos escravizar (ou se vai só continuar recomendando vídeos de gatinhos fofos) e se os marcianos vão finalmente dar as caras (quem sabe eles trazem a cura para a ressaca?). No fim das contas, o melhor mesmo é encarar essas previsões com uma boa dose de ironia e bom humor. Afinal, como já dizia o sábio Millôr Fernandes, “o futuro já não é mais o que era”. E ainda bem!
(IMAGEM/ARTE E CRIAÇÃO: rolando.news)