Mulher resolve empreender e montar um restaurante, que funciona em um sítio. Já o Papai Noel da CDL de Sombrio continuou, como todo ano, levando a magia do Natal a todos
Sombrio
Foi um ano muito difícil. Esta é uma das expressões mais ouvidas neste 2020 que se encerra. Mesmo assim, algumas pessoas apostaram em seus sonhos, inovaram e fizeram acontecer.
Tayne Bernardo Scheffer, de 37 anos, resolveu empreender em plena pandemia. Seu trabalho era auxiliar o marido na refrigeração em que ele trabalha, porém, seu desejo era ter seu próprio negócio.
No meio do ano, Tayne conheceu um modelo de restaurante-sítio, adorou e ficou sonhando em ter algo parecido em Sombrio. Só que restaurante lembra comida, e ela confessa que não cozinhava muito bem. “No Dia dos Namorados resolvemos fazer um jantar em que entregamos os pratos prontos em uma caixa, as pessoas só vinham pegar. Foi um sucesso, mas quem cozinhou foi uma cunhada minha”, conta a moça.
A cunhada não estaria sempre à disposição, então Tayne resolveu se qualificar e enfrentar as panelas. “Fiz cursos online, estudei bastante, e antes de oferecer um prato eu fazia várias vezes durante a semana”.
O passo seguinte foi montar o restaurante, e ele surgiu em uma grande área nos arredores de Sombrio, um sítio com árvores, pássaros e animais. O empreendimento onde trabalham Tayne, o marido e o filho foi inaugurado recentemente. Fruto de um sonho e de determinação, foi assim que surgiu o Restaurante Bristot neste ano tão difícil.
Papai Noel e música
O Papai Noel oficial de Sombrio, que atuou em parceria com a CDL, tem 70 anos e uma energia impressionante. Ele levanta todos os dias às 5 horas da manhã para se exercitar e, durante o mês de dezembro, dar conta dos compromissos que a ‘profissão’ exige.
Claro que este foi um Natal diferente. “Foi preciso um cuidado a mais para lidar com às crianças. Não foi tão alegre quanto os outros. Mas quando elas vinham correndo ao encontro do Papai Noel de braços abertos para dar um abraço, eu não podia cruzar os braços e me afastar”, diz José Abel.
A preparação para encarnar o Bom Velhinho durou todo o ano, deixando barba e cabelo crescerem. Durou o ano inteiro também, e ainda continua, o tratamento que Zé fez contra um câncer de pele. Os dias enfrentando agulhas, aplicações e medicamentos não abalaram a fé que Zé Abel tem em Deus. O ano foi difícil sim, mas foi também de fortalecer a esperança e de renovar as forças fazendo o bem.
Na paróquia São João Paulo II de Sombrio, o Movimento de Irmãos todo mês de dezembro organiza alguma ação especial. Este ano, o grupo chegou a pensar em quebrar a tradição e não fazer nada devido ao aumento dos casos de coronavírus na região. No entanto, a vontade de alegrar o Natal foi maior, e foi organizada uma Cantata de Natal. Alguns músicos se juntaram e depois de rápidos ensaios fizeram apresentações de canções natalinas em todas as comunidades da paróquia. Um dos participantes é Marcos Bez, que acompanha a filha de 13 anos ao violâo. Outra atração é a pequena Brenda, de apenas 9 anos, que canta ao lado da mãe. A pandemia dificultou, mas não impediu a emoção das apresentações. O gaiteiro do grupo, João Batista Colares, enfatiza a importância da música na evangelização. Se quem canta seus males espanta, quem cantou em 2020, teve menos mal para contar.