O Progressistas de nossa região ainda não definiu várias pré-candidaturas a prefeito aqui no Extremo Sul Catarinense. Mesmo em municípios com bastante relevância eleitoral, como é o caso de Araranguá e Jacinto Machado, o partido tem preferido não lançar nomes oficiais com vistas à 2024. Alguns encaminhamentos já estão bastante adiantados. A legenda já sabe, por exemplo, que o prefeito de Praia Grande, Fânica Machado, assim como o prefeito de Passo de Torres, Valmir Rodrigues, concorrerão à reeleição. Por outro lado, o prefeito de Turvo, Sandro Cirimbelli, tem dito que só tratará de questões político-partidárias mais próximo da eleição, o que acaba deixando uma grande interrogação quanto a sua disposição de disputar ou não a reeleição. Nos bastidores, Cirimbelli tem dito que quem decidirá se ele deve, ou não deve, ser candidato novamente, é a população. Em princípio, dá a entender que se valerá de pesquisas eleitorais para tomar uma posição a respeito do tema.
Já em Morro Grande o Progressistas vive um dilema. Em 2020 o partido firmou acordo com o MDB, para uma dobradinha majoritária. Através dela, Clélio Daniel Olivo (PP) foi eleito prefeito, tendo Juraci Favarin (MDB) como vice. Em princípio, em 2024 o MDB é quem seria o cabeça de chapa, com o Progressistas concorrendo como vice. O problema é que esta possibilidade não é consenso dentro do Progressistas.
Nos demais municípios o cenário se repete, com algumas certezas e muitas dúvidas. O partido já sabe, por exemplo, que em Sombrio o vereador Peri Soares será seu candidato a prefeito. Já no vizinho município de Balneário Gaivota o Progressistas não sabe se será cabeça de chapa, se concorrerá como vice do PSD, ou se cederá a majoritária para a composição de uma dobradinha entre PSD e MDB, apoiando esta aliança de forma branca.
Em Balneário Arroio do Silva a incerteza também é grande. O Progressistas vinha investindo no empresário Jairo Borges, irmão do ex-prefeito Juca Borges. A expectativa era a de que Jairo fosse o candidato do partido ao executivo municipal, mas ele assinou ficha de filiação no PL, e deverá concorrer a prefeitura pelo partido. Em Maracajá o Progressistas também está sem espaço para emplacar um candidato comando do executivo. A tendência natural é que o prefeito Aníbal Brambila (PSD) dispute a reeleição, tendo o MDB como seu principal adversário. Neste cenário, caberia, quando muito ao Progressistas, indicar o vice de Brambila, vaga esta que no atual mandato não é do partido.
Em Ermo o Progressistas deverá indicar novamente o vice do prefeito Paulo Della Vechia (PL). Já em Meleiro o ex-prefeito Nei Zanette tenta reunir aliados para disputar o executivo pela terceira vez. Em Santa Rosa do Sul o partido deverá concorrer como vice do PSD, e em Timbé do Sul deverá bancar a candidatura a prefeito de Vilmar Manfiolete. Por sua vez, em São João do Sul, o Progressistas deverá indicar o candidato a vice do ex-prefeito Alex Biachin (PDT).
Finais
- Deputados estaduais José Milton Scheffer (PP) e Tiago Zilli (MDB) terão no ano que vem direito a R$ 10,6 milhões em emendas impositivas, para destinar aos municípios catarinenses. Deste total, R$ 2,12 milhões precisam ser destinados para a área da Educação, e 1,06 milhão para a área da Saúde. Os demais R$ 7,42 milhões podem ser destinados para quaisquer áreas da gestão pública. Além destes recursos, Zé Milton e Tiago também terão direito a fazer indicações de mais R$ 7,6 milhões em emendas não impositivas no Orçamento do Estado. Este segundo recurso não tem garantias de liberação por parte do Governo do Estado, mas caso a gestão estadual arrecade acima da expectativa, ou se o projeto a ser contemplado for muito bom, é possível que os valores sejam liberados.
- Governo de Santa Catarina recebeu uma boa notícia no dia de ontem. A Comissão Mista de Orçamento, do Congresso Nacional, aprovou projeto que prevê o ressarcimento para o Estado dos R$ 465 milhões que o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep) destinou a União, para investimentos em rodovias de competência do Governo Federal. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, quando o governo de um Estado investe em obras que teriam que ser realizadas pelo Governo Federal, o valor do investimento pode ser abatido em dívidas que o Estado tenha com a União. Na prática, ainda que o dinheiro não seja diretamente repatriado para o governo catarinense, ele servirá para quitar dívidas de Santa Catarina com o Governo Federal. A Câmara dos Deputados ainda precisa aprovar a proposta, mas o cenário é favorável para que isto aconteça.