Se de fato o PSDB não for objeto de nenhuma fusão com outro partido, a deputada federal Geovânia de Sá terá fatalmente que procurar abrigo em outra legenda para disputar a reeleição. Como já restou provado no pleito estadual de 2022, por suas próprias forças os tucanos de Santa Catarina não conseguem mais emplacar alguém na Câmara Federal. O caminho mais curto da parlamentar para se manter em Brasília é o PSD, partido que perdeu a filiação do deputado federal Ricardo Guidi para o PL, no ano passado, e que por conta disto ficou sem representante pelo Sul do Estado no Congresso Nacional.
Geovânia, no entanto, convive com duas pretensões análogas dentro do PSD. O deputado estadual, e atual presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, nunca escondeu seu desejo de concorrer ao cargo de deputado federal. Por sua vez, o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, ainda que sonhe com uma vaga majoritária na eleição do ano que vem, pode rever seus planos e propor uma disputa própria à Câmara Federal. Ambos têm preferência dentro do PSD para esta vaga. Todavia, se os astros se alinharem e nenhum dos dois disputar o cargo, Geovânia entraria no radar do partido, especialmente por conta de sua afinidade com Clésio.
Outra opção para a deputada é o MDB, que já lhe fez proposta de filiação, objetivando encaminhar seu projeto de reeleição. O grande problema é que o suplente de deputado federal Luiz Fernando Vampiro (MDB), que deverá assumir a Câmara Federal nos próximos dias, tem prioridade para esta disputa. O lançamento da candidatura de ambos pelo MDB de Criciúma teria tudo para dar errado, como já deu em 2022, quando Vampiro teve que disputar os votos de seus correligionários com Ada de Luca. No fim das contas, nenhum dos dois se elegeu.
Ainda que o cenário esteja confuso, Geovânia precisa começar a traçar seu projeto com vistas a 2026, para não ser atropelada politicamente pelas outras candidaturas já consolidadas no Sul do Estado.
Finais
- Quatro rodovias estaduais deverão ser objetivo de concessão em Santa Catarina, no máximo até 2026. São elas, a SC 108, a SC 110, a SC 418 e a SC 421. Em princípio, todos os trechos que serão entregues à iniciativa privada ficam no Norte do Estado. Convêm observar, no entanto, que a SC 108 corta Santa Catarina de Norte a Sul, e em nossa região passa por Meleiro, Turvo, Ermo, e Jacinto Machado, até chegar ao centro de Praia Grande. Neste momento, aliás, o trecho entre Jacinto e Praia Grande está sendo asfaltado pelo governo catarinense. Embora nada neste sentido esteja sendo ventilado, será natural que em um futuro não tão distante a SC 108 também seja entregue a iniciativa privada no Sul do Estado, o que acarretaria no pagamento de pedágio para transitar por ela. Este expediente tem sido corriqueiro em rodovias estaduais próximas à rodovias federais que são pedagiadas, o que é o caso da BR 101 em nossa região. O objetivo é o de fazer com que o trafego nas rodovias federais não seja desviado pelas rodovias estaduais, para evitar a tarifa de pedágio.
- Prefeita de Sombrio, Gislaine Dias da Cunha (MDB), deu posse a três novos cargos de primeiro escalão de sua gestão. O suplente de vereador Oseias Borges, o Dujinha, foi nomeado para comandar a Secretaria Municipal de Obras, no lugar de Volneci Moraes Baltazar, o Si. A Secretaria Municipal de Agricultura também trocou de comando. Saiu o funcionário municipal José Antônio da Silva, o Zezinho, e entrou o agricultor Gian Daboit da Rosa. A terceira pasta de primeiro escalão que trocou de mãos foi a Procuradoria do Município, que vinha sendo gerida pelo advogado Tiago da Rosa Teixeira e passará a sê-lo pelo advogado Júlio Cesar Mosena Alessio. A prefeita também oficializou o nome do professor de Educação Física, Fábio Rocha, no comando da Gerência de Esportes. Ele já vinha atuando no quadro funcional do órgão. Estas mudanças se somam a troca promovida na Secretaria de Saúde, no início do ano, ocasião em que a atual secretária, Marcela Pacheco, substituiu Aline Inácio. De acordo com Gislaine Cunha, por ora nenhuma outra mudança será promovida em seus principais cargos de confiança.