Emissários do governador Jorginho Mello (PL) têm conversado com líderes do MDB catarinense, para saber se o partido tem interesse em receber a filiação da deputada federal Carol de Toni (PL), objetivando sua disputa à vice-governadoria do Estado pela legenda. Por conta da migração do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) para Santa Catarina, com o propósito de disputar o Senado Federal, Carol acabou tendo sua candidatura de senadora pelo PL, ano que vem, descartada por Jorginho Mello, que precisa abrir espaço para que o senador Esperidião Amin (PP) dispute à reeleição aliado ao seu partido. A tese de Jorginho é que esta movimentação em direção a Amin traria para sua coligação a federação União Progressistas, que agrega o União Brasil e o Progressistas, partidos que detêm cerca de 15% dos votos dos catarinenses. Sempre é bom lembrar que o União Brasil também tem feito movimentações, no que diz respeito a composição majoritária de 2026, com o partido não descartando a possibilidade de se aliar ao projeto do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que almeja disputar o governo catarinense na próxima eleição estadual.
No que diz respeito a filiação de Carol de Toni ao MDB, para disputar a vice-governadoria, não se trata de algo que seja natural ao partido, e, mais que isto, talvez não seja algo até mesmo desejável, por conta das pretensões já existentes dentro da legenda. O presidente estadual do MDB, Carlos Chiodini, que é deputado federal licenciado e está no comando da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, almeja ocupar este espaço na chapa de Jorginho Mello. No atual mandato, o partido se apequenou de tal forma que nem mesmo tentou construir uma pré-candidatura ao Governo do Estado. Por óbvio que isto não se deu à toa. O objetivo, claro, é o de compor como vice de Jorginho.
O governador, por sua vez, não está em uma situação confortável. Se o MDB não aceitar Carol de Toni como sua candidata a vice-governadora, fatalmente ela irá se filiar ao Novo para disputar o Senado, e nada impede o Novo de se aliar ao projeto de João Rodrigues. Com Carol e Carlos Bolsonaro concorrendo ao Senado, Esperidião Amin pode simplesmente lavar as mãos em relação a futura coligação majoritária da federação União Progressistas, o que também pode levar este grupo político para junto de João Rodrigues. Por outro lado, se Carol de Toni se filiar a um terceiro partido, para ser vice de Jorginho, é o MDB quem poderá ir para o lado do prefeito de Chapecó.
O fato é que, do ponto de vista da lógica, é praticamente impossível o governador Jorginho Mello conseguir manter em seu entorno tantas forças políticas de expressão. Observe que, neste momento, ele mantém a expectativa de ter consigo o MDB, a federação União Progressista, Carlos Bolsonaro, Carol de Toni e ainda ventila a possibilidade de trazer a reboque o PSD, desmontando com isto a candidatura de João Rodrigues ao Governo do Estado. Vale lembrar que nenhum deles pretende ser coadjuvante nas eleições do ano que vem, o que levar a crer que pelo menos um outro palco terá que ser armado para acomodar as pretensões remanescentes.
Finais
Vereador sombriense Eduardo Cândido (PL) pretende apresentar projeto ao Governo do Estado para que a Escola Básica Normélio Cunha, no distrito de Nova Guarita, seja transformada em um Colégio Cívico Militar. De acordo com Eduardo, a Secretaria de Estado da Educação irá transformar 50 escolas estaduais, de ensino regular, em colégios cívico militares. Conforme o vereador, os colégios do Estado com esta característica de ensino possuem ampla procura, tanto por parte dos pais, quanto dos alunos. Sua primeira iniciativa, neste sentido, será uma audiência com o Coordenador Regional de Ensino, Gilberto Delfino, nos próximos dias, com a intenção de elaborar o projeto necessário que será enviado a Secretaria da Educação, em Florianópolis. A intenção do governador Jorginho Mello (PL) é anunciar o nome das escolas, que terão esta característica, no máximo até o final deste ano.
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) começou a participar de eventos políticos de seu partido, em Santa Catarina. A estreia dele nos palcos da política catarinense aconteceu no último sábado, em Herval do Oeste, no Oeste do Estado, durante evento da legenda que reuniu 700 militantes, e que contou com a presença do governador Jorginho Mello (PL). Carlos Bolsonaro já alugou imóvel em São José, na Grande Florianópolis, e deverá renunciar a seu mandato na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro em março do ano que vem, transferindo em definitivo seu domicílio eleitoral para Santa Catarina, por onde almeja disputar o Senado Federal nas eleições de 2026. Curiosamente, a deputada Carol de Toni, que está sendo francamente prejudicada com a migração de Carlos Bolsonaro para nosso Estado, também participou do evento do último sábado.