A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil foi celebrada pelas principais centrais sindicais do país como uma vitória histórica da classe trabalhadora. A medida, aprovada pela Câmara e pelo Senado, agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical destacaram que o avanço é resultado direto da mobilização e da pressão do movimento sindical em defesa da justiça tributária e social.
“É mais uma grande e histórica vitória do movimento sindical para os trabalhadores e trabalhadoras, que novamente demonstra a nossa relevância para a sociedade brasileira e para o desenvolvimento do país, no rumo da justiça tributária e social. A luta faz a lei!”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, em nota.
A CUT, por sua vez, ressaltou que a medida beneficiará mais de 20 milhões de brasileiros e defendeu a taxação dos mais ricos como forma de compensar a perda de arrecadação.
“A taxação dos mais ricos é necessária para compensar os R$ 25,84 bilhões anuais que, segundo o Ministério da Fazenda, deixarão de ser arrecadados com a ampliação da faixa de isenção”, destacou a entidade.
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, lembrou que a luta pela revisão da tabela do Imposto de Renda é uma reivindicação antiga do movimento sindical.
“A gente vem há muitos anos com a bandeira da justiça tributária, denunciando que os ricos praticamente não pagam imposto, enquanto quem paga de verdade é a classe trabalhadora”, afirmou.
De acordo com a Força Sindical, embora o projeto tenha sido proposto pelo governo, sua aprovação foi conquistada após intensa mobilização popular e diálogo com lideranças políticas.
“Diversas vezes, líderes sindicais da Força e demais centrais debateram e dialogaram com lideranças políticas cobrando a aprovação dessa medida, que só irá trazer benefícios para a sociedade”, reforçou a nota.
A nova faixa de isenção representa uma das maiores mudanças na tabela do Imposto de Renda dos últimos anos e é considerada um passo importante no caminho da redução das desigualdades e da valorização do trabalho.










