Depois de 20 dias, finalmente chegou ao fim a espera da família do caminhoneiro Ronaldo Gomes Alves, de 38 anos. No último dia 9, ele sofreu um grave acidente de trânsito nas Cordilheiras dos Andes, no Chile, quando dirigia uma carreta. Ronaldo foi resgatado com vida das ferragens, mas morreu horas depois. Começava ali o drama dos familiares para trazer o corpo para Turvo, onde Ronaldo morava com a esposa. A burocracia, que normalmente já é grande, está ainda maior devido as restrições impostas pelo governo chileno em relação a pandemia do coronavírus.
Contratada para auxiliar na repatriação do corpo, a funerária Santa Catarina passou a contar com o apoio de um colega chileno, que de posse de uma procuração enviada a ele, tratou da liberação do cadáver junto aos órgãos daquele país. “Nós tentamos ir até Santiago, acompanhados pela viúva, buscar o Ronaldo. Só que não foi permitido”, explica o representante da funerária, Venício Lamark da Cunha.
::: Imagens das últimas homenagens ao caminhoneiro :::
Familiares e amigos do caminhoneiro se mobilizaram com doações para ajudar a pagar o translado internacional, enquanto aguardavam uma solução. O corpo acabou vindo de avião de Santiago, a capital do Chile, até Porto Alegre (RS), onde a funerária foi buscá-lo na tarde de sábado. Por volta das 19h30min, algumas pessoas emocionadas acompanharam a chegada do carro fúnebre a Sombrio, onde a Santa Catarina fez os preparativos para entregar o corpo pronto para o velório, realizado no salão do Morro do Soares e o sepultamento às 14 horas do domingo, no cemitério de Soares, município de Araranguá.