O agronegócio tem expandido, e muito, em nossa região. O setor agrícola, por exemplo, tem se diversificado cada vez mais, e as cooperativas do setor já começam a trabalhar, de forma natural, com outros cereais que não sejam meramente o arroz e o milho, produtos que ao longo das últimas décadas têm sido o carro-chefe da produção rural de nossa região.
A Cooperja, uma das principais cooperativas do agronegócio brasileiro, com sede em Jacinto Machado, tem fomentado, por exemplo, a produção de soja, tanto no Sul catarinense, quanto no vizinho Estado do Rio Grande do Sul, onde também possui unidades. A produção deste cereal, que começou acanhada há alguns anos, em 2022 deverá render mais de 20 mil sacas em recebimento. Ainda está longe de alcançar as quase 300 mil sacas de milho que serão recebidas pela Cooperja neste ano, ou a surpreendente marca de 5 milhões de sacas de arroz, mas é um projeto que está só começando.
“Trata-se de um trabalho que vem sendo realizado de forma gradativa, ano a ano, com o aumento das áreas de plantio sendo observadas e estudadas com muito cuidado, para não gerar impactos ou expectativas fora da realidade”, comenta o presidente da Cooperja, Vanir Zanatta.
Culturas de inverno serão fomentadas pela Cooperja
A intenção da Cooperja, no entanto, é expandir ainda mais a diversificação dos cereais com que trabalha, investindo, principalmente, nas chamadas culturas de inverno. Via de regra, entre outubro e março do ano seguinte, as áreas rurais produtivas, destinada aos cereais, estão ocupadas com lavouras de arroz. Entre meados de abril, e meados de setembro, no entanto, estas mesmas áreas estão quase sempre vazias, sem uma cultura agrícola. “O que queremos é aproveitar estas áreas, o que restou da adubação, como também o maquinário e a mão de obra já existente, para a implantação de outras culturas, como o triticale, a própria soja, o trigo, ou o milho. São apenas alguns exemplos, que carecem de um estudo mais aprofundado, para que possamos, com segurança, fomentar o agronegócio através do cooperativismo”, comenta Vanir Zanatta.
A diversificação é, por si só, um assunto complexo, pois não basta plantar e colher: é necessário comercializar o produto, a um preço que justifique todo o esforço empregado.
É justamente neste momento que entra o conhecimento e a técnica do sistema cooperativista defendido por Vanir Zanatta. “Não temos todas as respostas, mas sabemos, com mais facilidade, onde buscá-las, dando mais segurança ao produtor. O que sabemos, com certeza, é que temos áreas produtivas que não são utilizadas no período de inverno, que há a possibilidade de se produzir nestas áreas, e que há mercado para escoarmos esta produção através da Cooperja. O que precisamos, cada vez mais, é ligar os pontos desta equação, deixando mais renda na propriedade de nossos associados”, comenta o presidente.