Dirlene Farias Possamai, há pouco mais de dois meses, sofreu um grave acidente de trânsito do qual saiu com diversos ferimentos, o pior foi uma fratura exposta na perna esquerda, que já lhe rendeu duas cirurgias
Sombrio
A técnica de Enfermagem, Dirlene Farias Possamai, é uma daquelas mulheres que trabalham fora e em casa e faz várias outras atividades. Dirlene não para. Ou melhor, não parava. Há pouco mais de dois meses ela teve que aprender a ficar parada e ter paciência, muita paciência.
No dia 13 de janeiro, Dirlene sofreu um grave acidente de trânsito do qual saiu com diversos ferimentos. O pior, uma fratura exposta na perna esquerda. Do local do acidente, no bairro Januária em Sombrio, foi encaminhada ao Hospital Regional de Araranguá, onde permaneceu por 28 dias seguidos. Depois recebeu autorização para passar 15 dias em casa, e voltou para o hospital, estando internada até hoje. Há cerca de dez dias, Dirlene passou por mais uma cirurgia na perna. “Eu sempre fui bem ativa, agora fico aqui parada, me sinto inútil”, diz.
A técnica trabalhou quase 30 anos no Hospital Dom Joaquim de Sombrio, e depois de se aposentar, continuou trabalhando, indo para o Lar do Idoso. No dia do acidente voltava de moto do serviço. A experiência em Enfermagem ajudou a manter a calma no momento da colisão. “Eu fiquei consciente o tempo todo, tanto que pedi as pessoas que chegaram na hora que levantassem o carro. Eu fiquei embaixo dele e sentia que estava esmagando a minha clavícula”, lembra. Mesmo assim, teve certeza de que se recuperaria. “Acredito muito em Deus, sabia que tudo ia dar certo”, afirma.
Com 55 anos de idade, Dirlene ainda vai demorar a voltar a vida normal, mas seu desejo é retornar ao trabalho no Lar, onde é querida por todos. “Tenho muita saudade de todos lá e vou tentar voltar”, planeja. No entanto, talvez não mais de moto.