Em Brasília, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, reforçou a importância da celeridade na tramitação do Projeto de Lei (PL) 490/07, que trata das demarcações de terras indígenas em todo o país, incluindo o território catarinense. Durante uma reunião com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, na terça-feira (13), Jorginho expressou sua preocupação com a necessidade de agilizar a votação desse projeto.
Acompanhado dos três senadores de Santa Catarina e da deputada federal Caroline De Toni (PL-SC), coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, o governador enfatizou os impactos profundos que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) poderá ter no estado. Ele defende a tese do Marco Temporal de 1988, que estabelece critérios para demarcação de terras indígenas, e pediu ao presidente do Senado que a matéria, já aprovada na Câmara dos Deputados no início do mês, seja pautada.
Jorginho Mello destacou a importância do assunto para Santa Catarina, afirmando: “Estou vindo pessoalmente tratar deste tema, pois entendo que ele merece extrema atenção do governo de Santa Catarina, uma vez que pode impactar a vida de milhões de catarinenses”.
Por sua vez, Rodrigo Pacheco ouviu os apelos dos senadores e do governador, ressaltando que está disposto ao diálogo e que não possui preferências pessoais sobre o assunto. Ele reconhece a necessidade de se alcançar um equilíbrio para que o PL seja efetivo e gere os menores impactos possíveis, tanto para os produtores rurais quanto para as comunidades indígenas.
O debate em torno do PL 490/07 tem gerado intensas discussões em todo o país, pois a decisão do STF pode definir diretrizes para a demarcação de terras indígenas, afetando não apenas Santa Catarina, mas diversos estados brasileiros. A busca por um consenso e a busca por soluções que considerem os interesses de todas as partes envolvidas são essenciais para garantir uma decisão justa e equilibrada.
A pressa na votação do Marco Temporal reflete a preocupação do governador Jorginho Mello com os desdobramentos desse processo e seu compromisso em defender os interesses do estado. Agora, resta aguardar os próximos passos do PL 490/07 no Senado e acompanhar de perto o desenrolar desse importante debate para o futuro das terras indígenas no Brasil.
Fonte: SC Todo dia