Claudete Massoco Araldi, de 46 anos, perdeu o marido em um acidente de trânsito na BR 101, entre Sombrio e Araranguá. Um cavalo surgiu na pista, o motorista bateu no animal, e ficou gravemente ferido, vindo a falecer alguns dias depois no hospital,
Sombrio
A vida de Claudete Massoco Araldi, de 46 anos, nunca foi fácil. Ainda bebê, ela teve paralisia infantil e outras doenças, e ficou com sequelas, como a dificuldade em caminhar.
Mais tarde, foi a vez do filho de Claudete ter uma grave enfermidade. O menino foi diagnosticado com leucemia aos seis anos de idade. Depois de muita luta, ele recebeu um transplante de medula e agora, aos 13 anos, se encontrava bem.
A mulher ainda precisou criar duas netinhas, de quatro e oito anos. Mesmo assim, aos poucos a vida estava se encaixando e se tornando mais tranquila.
Até o dia 31 de abril, quando o marido de Claudete, Daniel Araldi, sofreu um acidente de trânsito na BR 101, entre Sombrio e Araranguá. Um cavalo surgiu na pista, o motorista bateu no animal, que morreu na hora, e ficou gravemente ferido. Daniel morreu 19 dias depois, aos 36 anos. “Ele era meu esteio, mais do que marido era amigo, cuidava de mim”, diz a viúva.
O homem era trabalhador informal, portanto, não deixou nenhum benefício financeiro para a família, que ainda ficou com algumas dívidas.
Devido ao problema nas pernas, Claudete é aposentada e recebe um salário mínimo, sendo seu único recurso, afirma. Morando no bairro São Luiz em Sombrio, ela paga aluguel, o que torna a situação pior. Na justiça, a viúva busca receber algum direito financeiro. Ela afirma que sabe quem era o dono do cavalo que provocou a tragédia na sua família. Ele, porém, não se apresentou em momento algum, não arcando com a sua responsabilidade.
Os problemas financeiros, no entanto, não são os únicos enfrentados por Claudete. “O nosso filho tem sentido muita falta do pai. Está sofrendo bastante, e eu também”, finaliza.