Em assembleias realizadas nesta quarta-feira, em Criciúma e Araranguá, os trabalhadores da enfermagem aprovaram pela paralisação, dia 30 de junho, pelo não pagamento do piso da categoria.
A greve está condicionada a paralisação nacional prevista para o dia 29 de junho seguindo orientação do Fórum Nacional da Enfermagem.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido, destaca que, sozinhos não irá se resolver o pagamento do piso, por isso a necessidade de união com a paralisação nacional dia 29, para, então, parar no dia 30.
“Sabemos que os patrões estão pressionando para não pagar, ação visível na posição do Supremo Tribunal Federal (STF). Primeiro foi a suspensão do pagamento em setembro do ano passado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, ingressada pelos patrões. Neste caso, no mês de maio, o STF liberou o pagamento, mas querem alterar a Lei. Eles têm a proposta de fracionar o pagamento e sugerem que o valor pago seja proporcional, nos casos em que o trabalhador tenha a carga inferior a 8 horas diárias, e devem iniciar o julgamento do piso dia 23. E junto a tudo isso, o repasse da verba do Governo Federal que ainda não chegou nos municípios e entidades filantrópicas, foi cancelado por hora, aguardando a decisão do STF”, explicou Cleber.
O sindicalista reitera que após uma luta de mais de 20 anos pelo piso a categoria conquistou a Lei e ela deve ser cumprida.
Entenda
No dia 12 de maio, Dia da Enfermagem, o presidente Lula sancionou a Lei garantindo R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso salarial da enfermagem. O projeto de lei foi aprovado no final do mês de abril autorizando o repasse de recursos do Fundo Nacional de Saúde para que estados e municípios garantam o pagamento.
Veja os valores do Piso da Enfermagem
Enfermeiros: R$ 4.750
Técnicos de enfermagem: R$ 3.325
Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375
Parteiras: R$ 2.375
Fonte: OCP News