Processo de cassação que corre contra o senador catarinense Jorge Seif (PL), no Tribunal Superior Eleitoral, deve ser julgado nas próximas semanas. A cassação de Seif foi proposta pelo PSD catarinense, com base em suposto abuso de poder econômico que teria sido utilizado por ele durante sua campanha eleitoral, em 2022. Poder econômico este supostamente patrocinado pelo empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan.
De acordo com a lei, caso Seif seja cassado, é necessário que o Tribunal Regional Eleitoral convoque uma eleição suplementar para preencher a vaga que ficará em aberto. Em se tratando de Brasil, no entanto, não é de se duvidar que o Supremo Tribunal Federal dê um canetaço, efetivando na vaga de Jorge Seif o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), que ficou na segunda colocação em Santa Catarina na disputa pelo Senado na última eleição. Colombo, aliás, já disse que não disputará nenhuma eleição suplementar pelo preenchimento da vaga, e que só aceita ir para o senado mediante proclamação.
É claro que o governador sabe que, no caso de cassação de Jorge Seif, qualquer candidato que seja apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em nosso Estado tem amplas chances de vitória. A começar pelo filho do ex-presidente, Renan Bolsonaro, que mora em Balneário Camboriú. Mas há também a deputada federal Carolina De Toni, que emplacou quase 230 mil votos para a Câmara Federal em 2022, e nome forte do PL para disputar o Senado em qualquer eleição.
Para futricar ainda mais a vida do ex-governador Colombo, a bancada estadual do MDB catarinense tem incentivado o deputado estadual Antídio Lunelli a colocar seu nome à disposição para disputar o Senado, caso Jorge Seif seja cassado. Bolsonarista de carteirinha, Antídio dividiria os holofotes com o candidato do PL, deixando a suposta disputa mais interessante.
Já o senador Jorge Seif, por sua vez, cumpre o seu papel, ressaltando que acredita na justiça, e que, por conta disto, seu mandato será mantido.
Finais
- Semana iniciou com um áudio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfatizando que o PL não apoiará nenhum candidato do PSD, nas eleições municipais deste ano. Bolsonaro tenta enfraquecer o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que tem mantido o partido como um dos principais aliados, no Congresso Nacional, do governo do presidente Lula da Silva (PT). Em Santa Catarina, o veto de Bolsonaro atinge em cheio figuras da política estadual, como o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), apoiadores contumazes do bolsonarismo. Especificamente em Criciúma, a declaração de Bolsonaro coloca a deputada federal Júlia Zanatta (PL) na briga pelo comando da prefeitura, agora com reais chances de vitória. O ex-presidente já disse que fará campanha para seus candidatos a prefeito nos maiores municípios do país, o que inclui Criciúma. Raivoso com o PSD, Bolsonaro deverá tentar implodir a candidatura de Arleu da Silveira (PSD), que será candidato a prefeito apoiado por Salvaro.
- MDB de Timbé do Sul caminha a passos largos para apoiar a pré-candidatura do ex-presidente da Câmara de Vereadores, e ex-secretário de Administração e Finanças, Marlon Panatta (MDB), ao comando do executivo municipal. A disputa interna no MDB começou há cerca de um ano, com os nomes de Marlon, do ex-prefeito Eclair Coelho, do vereador Wilson Borges, e do produtor rural Ademilson Luiz, que disputou o executivo em 2020, figurando como pré-candidatos a prefeito. Ao longo dos últimos meses, Eclair Coelho e Wilson Borges se retiraram do processo, restando Marlon Panatta e Ademilson Luiz. Internamente, Marlon desfruta de ampla vantagem dentro do diretório do partido, mas Ademilson continua com seu nome a disposição. Diante dos fatos, o MDB de Timbé do Sul tem dois caminhos. Tentar convencer Ademilson a abrir mão da candidatura, evitando fissuras na legenda, ou propor convenção municipal, para a escolha de seu candidato a prefeito. O candidato a vice do MDB deverá ser Pedro Alexandre, do PSDB.