Ah, Sombrio! Essa cidade onde a tranquilidade encontra a animação das campanhas eleitorais, como um chapéu de palha em um dia de chuva. Nessa época, ir ao Giassi se transforma em uma verdadeira epopeia. Se você estava pensando em um simples passeio, esqueça. Prepare-se para uma verdadeira odisseia entre bandeiras e santinhos.
Na avenida principal, a cena é digna de um desfile de carnaval, mas com mais música e com muito mais papel impresso. De um lado, a chapa azul, com seu bando de apoiadores brandindo bandeiras como se fossem escudos de guerra. Do outro, a chapa vermelha, igualmente animada, mostrando que aqui a rivalidade é coisa séria. Entre uma bandeira e outra, você se sente como um gladiador em meio à arena, cercado por torcidas apaixonadas.
O trânsito? Ah, esse é um espetáculo à parte! A cada dez metros a gente faz amizade com o carro da frente, que, por sua vez, está paralisado por causa de mais um “panfleto express”. Uma verdadeira saga para atravessar a rua e chegar ao mercado. Você se pergunta se está indo ao Giassi ou participando de uma gincana: “Quantas bandeiras você consegue contar antes de passar da esquina?”
E quando você finalmente se atreve a sair do carro e se aventurar a pé? Prepare-se! Ao pisar no asfalto, é como entrar em um campo de batalha. “Aqui, leve um santinho!”, grita um apoiador, enquanto outro te oferece um sorriso de canto de boca, como se estivesse te convidando para uma dança de salão em meio ao tumulto. Você aceita o santinho, claro: “Mais um.”.
E assim, você vai se esquivando de bandeiras, desviando de discursos inflamados e tentando não se perder na multidão que parece ter saído de uma novela. No final, você se pergunta se, ao chegar ao Giassi, vai sair com um pacote de arroz ou uma coleção de panfletos. Mas a verdade é que, no meio de todo esse furor, ainda há um sorriso no rosto e a certeza de que a democracia, mesmo tumultuada, é uma festa.
E assim você vai, se esquivando de bandeiras, negociando com apoiadores e rindo da situação. Afinal, em Sombrio, a democracia tem seu próprio jeito de se manifestar: em forma de festa, com direito a muita cor e um pouco de confusão.
Quem diria que ir ao Giassi poderia ser tão divertido? O que importa é que, no meio desse turbilhão, a gente se lembra que, no final das contas, o importante é participar.