O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou na quinta-feira (19) sua intenção de proibir o uso de celulares em sala de aula. A medida, que visa combater distrações e o uso indevido dos dispositivos, deve ser formalizada em um projeto de lei a ser apresentado até outubro deste ano.
Durante a cerimônia de emissão da ordem de serviço para a implantação do campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará, Santana destacou que a proposta foi discutida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo pacote de medidas para o setor de educação, que será lançado em comemoração ao Dia do Professor, no próximo dia 15, poderá incluir a restrição ao uso de celulares.
“Estamos preocupados com as escolas e não apenas com as questões relacionadas às apostas, mas também com outros usos indevidos. A proposta é proibir o celular em sala de aula”, afirmou Santana. Ele mencionou que a lei que regulamentará a medida ainda está sendo elaborada.
No Ceará, já existe uma legislação que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos, como walkmans e MP3, nas escolas. Além disso, o Ministério Público Estadual orientou que instituições particulares adotem a mesma restrição.
A implantação do campus do ITA no Ceará terá um custo total estimado em R$ 180 milhões, com um repasse inicial de R$ 71 milhões na primeira fase do projeto.
A proposta de proibição do uso de celulares em sala de aula promete gerar debates entre educadores, alunos e pais, sobre o equilíbrio entre tecnologia e aprendizado nas instituições de ensino.