Na tarde desta terça-feira, dia 5, o delegado Luís Otávio Pohlmann, da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, prestou esclarecimentos sobre o vídeo polêmico que circulou nas redes sociais, mostrando três adolescentes com um cachorro aparentemente morto em uma área de mata. As imagens, que chocaram a comunidade, pareciam indicar que o animal teria sido agredido até a morte.
De acordo com o delegado, a Polícia Civil foi alertada sobre o caso por uma ligação informando sobre o vídeo. “Após tomarmos ciência desses fatos, imediatamente iniciamos a investigação para identificar os três adolescentes envolvidos na situação”, explicou Pohlmann. Os jovens, dois de 15 anos e um de 13, foram identificados e, com o apoio das famílias, encaminhados para prestar depoimento.
Durante a investigação, os policiais identificaram o local exato da filmagem e encontraram o corpo do cachorro em decomposição. Uma análise inicial dos vídeos, porém, revelou que o animal já apresentava rigidez cadavérica, indicando que teria morrido duas a três horas antes das imagens serem feitas, provavelmente por atropelamento na estrada geral do Morro dos Conventos.
Em depoimento, os adolescentes informaram que encontraram o cachorro morto no caminho de volta para casa após saírem de um evento. Em um ato que o delegado classificou como “brincadeira de mau gosto”, eles decidiram gravar o vídeo e compartilharam inicialmente em um grupo de amigos. O vídeo foi posteriormente gravado por outra pessoa e compartilhado, ganhando ampla circulação.
“Queremos deixar claro que o cachorro já estava morto quando os jovens o encontraram. Qualquer análise mais detalhada do vídeo demonstra isso”, ressaltou Pohlmann, explicando que, embora não tenha ocorrido maus-tratos, o ato resultou em uma repercussão negativa e causou indignação na população.
Os adolescentes responderão a um procedimento para apurar o ato infracional, mesmo que o caso não configure, segundo a investigação, maus-tratos ao animal. “Condenamos esse tipo de brincadeira de mau gosto, que mobilizou a comunidade e a Polícia Civil, além de gerar uma comoção pública”, concluiu o delegado.