A morte de uma mulher em Balneário Arroio do Silva, inicialmente tratada como suicídio, está sendo reavaliada após a descoberta de hematomas em seu corpo e o histórico de violência doméstica envolvendo o ex-marido, de quem ela estava em processo de divórcio e possuía medida protetiva de urgência. A situação ganhou atenção em toda a região, incluindo Santa Rosa do Sul, Araranguá e Sombrio, e pode resultar em uma investigação aprofundada.
Suspeitas levantadas por familiares
O caso chamou atenção após familiares notarem hematomas durante o velório, o que levantou suspeitas de que a mulher pudesse ter sido vítima de agressão antes de sua morte. Diante disso, o filho da vítima solicitou uma nova perícia cadavérica, que foi imediatamente requerida pelos advogados da família. A juíza da comarca, Lívia Borges Zwetsch Beck, acatou o pedido, ordenando que o corpo fosse enviado ao Instituto Médico Legal (IML) de Araranguá para uma nova autópsia e determinou uma perícia no local onde o corpo foi encontrado.
Declarações dos envolvidos
O advogado da mulher, Oziel Albano, afirmou que o surgimento das marcas no corpo durante o velório foi determinante para solicitar a reabertura do caso. “O que mais trouxe à tona as dúvidas foram as questões das marcas no corpo. A juíza determinou uma nova perícia, e esperamos que os fatos sejam esclarecidos”, disse ele.
Por outro lado, o advogado do ex-marido, Everson Cardoso, reforçou que seu cliente está abalado com a morte da ex-esposa e afirmou que ele vinha respeitando as determinações da medida protetiva. “Por conta da Lei Maria da Penha, entendemos que é importante investigar o caso para esclarecer qualquer dúvida”, declarou.
O delegado responsável pelo caso, Juliano Baesso, informou que a investigação está apenas no início. “O inquérito foi instaurado hoje, e ainda estamos aguardando os laudos periciais. Nada pode ser descartado neste momento, mas levaremos todos os elementos, incluindo o histórico de violência doméstica, em consideração”, afirmou.
Impacto emocional e financeiro nos familiares
A demora na liberação do corpo e na conclusão dos laudos tem gerado angústia e prejuízos para a família da vítima. Além do sofrimento emocional, os familiares enfrentam dificuldades financeiras com os custos adicionais para um sepultamento digno.
Próximos passos da investigação
Com a perícia já realizada no local e o corpo novamente no IML, a expectativa é que novos elementos possam esclarecer as circunstâncias da morte. O delegado confirmou que testemunhas serão ouvidas nos próximos dias e que o histórico da vítima e do ex-marido será avaliado detalhadamente.
O caso segue mobilizando a comunidade local e reforça a necessidade de ações rápidas e transparentes por parte das autoridades para dar uma resposta à família e à sociedade.
Fonte: Post TV