Deise Moura dos Anjos, detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13). A mulher estava presa temporariamente, sendo suspeita de envolvimento em um caso de envenenamento com arsênio em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, que resultou na morte de três pessoas. Ela também era investigada pela morte do sogro, ocorrida em setembro de 2024.
De acordo com informações da Polícia Penal, Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal na penitenciária. Os servidores da unidade prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que constatou o óbito. A morte foi confirmada como sendo causada por “asfixia mecânica autoinfligida”.
Deise estava sozinha em sua cela no momento do incidente. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) estão investigando as circunstâncias da morte.
Entenda o caso do envenenamento com bolo em Torres
Deise foi presa após a Polícia Civil investigar um caso de envenenamento ocorrido em Torres, onde sete pessoas de uma mesma família se reuniram para um café da tarde em dezembro de 2024. Durante o encontro, todos consumiram fatias de um bolo preparado por Deise e começaram a passar mal. Três mulheres morreram poucas horas depois: Tatiana Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos. Zeli dos Anjos, sogra de Deise e responsável pelo bolo, também foi hospitalizada, mas sobreviveu. Ela foi a única da família a consumir duas fatias do bolo e recebeu alta em janeiro deste ano.
De acordo com o delegado Marcus Veloso, responsável pela investigação, a causa da morte das três mulheres foi atribuída a um envenenamento por arsênio, substância encontrada no bolo. Uma criança de 10 anos que também comeu o doce sobreviveu e já recebeu alta hospitalar.