Com a aproximação do mês de maio, cresce a expectativa pela abertura da safra da tainha 2025 em Santa Catarina — uma das atividades mais tradicionais e aguardadas do calendário pesqueiro estadual. Pescadores, colônias e comunidades litorâneas já estão em ritmo de preparação para a temporada, que movimenta não apenas a economia, mas também a cultura local.
Além dos preparativos, o Governo de Santa Catarina também atua para tentar derrubar, no Supremo Tribunal Federal (STF), a cota de pesca imposta pelo Governo Federal, que limita pela primeira vez a captura da tainha por embarcações artesanais, e que vale apenas para os pescadores do estado de Santa Catarina. O processo ainda está em análise, aguardando decisão do ministro Gilmar Mendes.
Patrimônio Cultural
Mais do que uma atividade econômica, a pesca da tainha é uma manifestação cultural que envolve práticas comunitárias, saberes tradicionais e cooperação entre gerações. Além da pesca artesanal de praia (lanço), o estado também atua na pesca de cerco/traineira e artesanal de emalhe anilhado, conforme normas e cotas definidas por órgãos federais. A pesca artesanal de tainha foi reconhecida por lei, em 2019, Patrimônio Cultural do Estado de Santa Catarina.
A temporada de pesca da tainha em 2025 segue regras diferentes dependendo do tipo de técnica usada pelos pescadores.
Veja como fica, de forma simples:
- Arrasto de praia: essa modalidade tem o período mais longo, podendo pescar de 1º de maio a 31 de dezembro.
- Emalhe anilhado: pode pescar de 15 de maio a 31 de julho.
- Emalhe de superfície (até 10AB): a pesca é permitida de 15 de maio a 15 de outubro.
- Emalhe de superfície (acima de 10AB): pode pescar de 15 de maio a 31 de julho.
- Cerco/traineira: a pesca está liberada de 1º de junho a 31 de julho.
Essas datas seguem uma portaria do Ministério da Pesca e Aquicultura e Ministério do Meio Ambiente que definem os períodos para a captura da espécie.