A Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, com apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Caxias do Sul (RS), esclareceu o assassinato de Dagno Pablo de Oliveira Vebber, de 26 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 27 de novembro de 2023, em Balneário Arroio do Silva, no Extremo Sul catarinense.
Na ocasião, a residência da vítima foi invadida por homens armados com pistolas, que efetuaram diversos disparos. Dagno foi atingido por 19 tiros e morreu no interior do próprio quarto.
De acordo com a investigação, Dagno, que era natural do Rio Grande do Sul, havia se mudado para Santa Catarina após sofrer ameaças de morte. O motivo seria um relacionamento que ele manteve com uma mulher, ex-companheira do mandante do crime, que estava recluso no sistema prisional gaúcho. Mesmo preso, o criminoso ordenou que a vítima fosse localizada e executada.
As diligências apontaram que os comparsas do mandante realizaram o levantamento do paradeiro de Dagno e, após obterem o endereço, deslocaram-se até Balneário Arroio do Silva, onde cometeram o homicídio.
O inquérito também revelou a participação de uma advogada, que teria acessado informações sigilosas do processo de execução penal da vítima, obtendo o endereço atualizado e repassando ao grupo criminoso. Ela foi indiciada pelo crime de divulgação de segredo, conforme o artigo 153, parágrafo 1º-A, do Código Penal. Segundo a polícia, não foi possível comprovar se a advogada tinha conhecimento de que as informações seriam usadas para a prática do homicídio.
Ao todo, sete pessoas foram indiciadas: o mandante, três executores e três mulheres que auxiliaram no planejamento, levantamento de informações e no transporte dos autores do crime. A Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva de seis investigados, com parecer favorável do Ministério Público.
Nos dias 20 e 21 de maio deste ano, foram cumpridos três mandados de prisão na cidade de Caxias do Sul (RS), em uma ação conjunta entre a DIC de Araranguá, a DPHPP e a Polícia Penal do Rio Grande do Sul. Três envolvidos seguem foragidos, e diligências estão em andamento para localizá-los.
Após 18 meses de investigação, a Polícia Civil de Santa Catarina conclui que o caso está elucidado.










