A estação mais fria do ano começa oficialmente nesta sexta-feira, 20 de junho, e segue até 22 de setembro. Em Santa Catarina, o inverno de 2025 chega com previsão de frio intenso, geadas recorrentes, nevoeiros densos e possibilidade de precipitações invernais nas regiões de maior altitude. A informação é da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SPDC), que reforça a importância da prevenção, do monitoramento contínuo e dos cuidados com a população durante o período.
Segundo a meteorologista Francine Sacco, da SPDC, a estação será marcada por episódios de frio rigoroso, especialmente nos planaltos, Serra Catarinense, Meio-Oeste e Alto Vale do Itajaí. Nessas regiões, além das geadas e dos nevoeiros, não estão descartadas ocorrências pontuais de neve, chuva congelada, graupel e sincelo — fenômeno que forma uma fina camada de gelo sobre superfícies, como árvores, telhados e fios de energia.
Ainda conforme a meteorologista, embora o inverno catarinense costume registrar os menores volumes de chuva do ano, isso não significa ausência de precipitações. A atuação de frentes frias e ciclones extratropicais pode provocar instabilidade, principalmente no litoral, com ocorrência de ventos fortes, ressacas e elevação do nível do mar.
“Ainda que tenhamos períodos de tempo seco, também são esperadas mudanças bruscas nas condições do tempo, causadas por sistemas meteorológicos como os anticiclones e os bloqueios atmosféricos, que podem gerar grandes amplitudes térmicas entre o amanhecer e a tarde”, explica Francine.
Riscos e cuidados
A Defesa Civil alerta para os impactos associados ao frio extremo, que afetam principalmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas em situação de rua e animais domésticos. A orientação é reforçar os cuidados com o aquecimento de ambientes e com o uso correto de equipamentos, para evitar riscos de incêndio e intoxicação por monóxido de carbono.
Além disso, a formação de geada e sincelo pode comprometer a agricultura, o tráfego nas estradas e o fornecimento de energia elétrica, exigindo atenção de motoristas, produtores e concessionárias de serviços.
Outro ponto de atenção são os impactos provocados pelos ventos associados a ciclones extratropicais, que podem causar destelhamentos, quedas de árvores e transtornos à navegação e à pesca.
Monitoramento constante e alertas
Durante todo o inverno, a Defesa Civil estadual manterá o monitoramento contínuo das condições climáticas e meteorológicas, com a emissão de alertas sempre que necessário. A população é orientada a se cadastrar gratuitamente no serviço de alertas por SMS, enviando o número do CEP para 40199. Também é possível acompanhar as atualizações por meio dos aplicativos e das redes sociais da SPDC.
A recomendação é que a comunidade se mantenha atenta, adote medidas de autoproteção e participe de ações de solidariedade, como doação de roupas e alimentos.
Resumo do que esperar no inverno catarinense:
Frio intenso, especialmente nas áreas de altitude;
Formação de geada e possibilidade de sincelo;
Precipitações invernais localizadas, como neve e chuva congelada;
Atuação de ventos fortes e ressacas no litoral;
Dias secos intercalados com eventos de instabilidade;
Necessidade de cuidados com aquecedores.