O meio político, e empresarial catarinense, não tem reagido nada bem às especulações que dão conta que o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, poderá disputar o Senado da República pelo PL catarinense ano que vem. Dentro do próprio partido as resistências são bastante grandes, mesmo porque o que não faltam são pretendentes a esta vaga radicados historicamente em nosso Estado e filiados ao PL. A lista passa por nomes como a deputada federal Júlia Zanatta, o deputado federal Daniel Freitas, a deputada estadual Ana Campagnolo, o Secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, e por aí afora.
Na eleição do ano que vem, os catarinenses elegerão dois senadores, com cada partido podendo lançar duas candidaturas. No PL, uma destas candidaturas já está reservada a deputada federal Carol De Toni. A outra está semi-reservada para Carlos Bolsonaro.
O ex-presidente Bolsonaro, por óbvio, está fazendo o jogo dele, mas sem levar em conta os prejuízos que isto poderá acarretar ao projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL). Em 2022, Bolsonaro já tirou da cartola a candidatura de seu conterrâneo, o ilustre desconhecido da política catarinense Jorge Seif (PL). Em que pese o alinhamento de Seif com o pensamento bolsonarista, e a forma com que tem honrado àqueles que votaram nele para o Senado Federal, o fato é que o senador não participa do dia a dia da política estadual. Observe que ele é um senador do PL, mas nem seus correligionários em Santa Catarina se veem representado por ele no Congresso Nacional. O fato é que a ponte aérea feita semanalmente por Jorge Seif se resume ao eixo Brasília-Rio de Janeiro, que é o seu Estado natal. Por aqui ele só aparece eventualmente, geralmente acompanhando o ex-presidente Bolsonaro em suas incursões.
Este recente histórico tem pesado muito para que o nome de Carlos Bolsonaro não venha sendo assimilado com naturalidade pela sociedade catarinense. Há poucos dias, até mesmo a Fiesc, que é a Federação das Indústrias de Santa Catarina, cuja maioria de seus filiados é alinhada com o pensamento bolsonarista, emitiu nota criticando a articulação que poderá tornar Carlos Bolsonaro candidato ao Senado Federal por nosso Estado.
Este episódio lembra muito a eleição estadual de 2002, quando o então senador Jorge Bornhausen (PFL) tentou eleger seu filho, Paulinho Bornhausen (PFL), também senador da República. Paulinho, que começou liderando as pesquisas de intenção de voto, acabou amargando a quarta colocação, atrás dos senadores eleitos Ideli Salvatti (PT) e Leonel Pavan (PSDB), e também de Hugo Biehl, então filiado ao PPB, o atual Progressistas. No que diz respeito a Jorge Bornhausen, seu poder de fogo na política catarinense se esvaiu e ele sequer tentou a reeleição no pleito de 2006.
Finais
Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio, Rafael da Silva Santos (PL), apresentou projeto de lei que prevê a realização de exame toxicológico para a contratação de funcionários públicos municipais para os quadros do executivo e do legislativo. Pelo projeto, teriam que se submeter ao exame todos aqueles que venham a ser contratados a partir da promulgação da lei, sejam eles concursados ou cargos comissionados. Os que não passarem no teste não poderiam ser contratados. O projeto de lei não abrange os atuais concursados, ou os contratados de forma comissionada, já que a Câmara não tem poderes para legislar sobre o quadro funcional já consolidado da Prefeitura Municipal. Neste caso, caberia à prefeitura fazer emenda ao projeto de lei, depois que ele for aprovado, ampliando sua abrangência.
Uma ação conjunta em Araranguá, desencadeada pela Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, assim como pelo Creas, pelo Ambulatório de Álcool e outras Drogas, e pelo 19º Batalhão da Polícia Militar, resultou na internação voluntária de 16 pessoas em situação de rua, para tratamento contra a drogadição, e no encaminhamento de outras cinco para suas cidades de origem. A iniciativa foi determinada pelo prefeito César Cesa (MDB), que determinou a realização de uma radiografia completa, no que diz respeito aos moradores de rua do município. A maioria dos encaminhados estavam “morando” no centro da cidade, na Praça Hercílio Luz, ou na rodoviária. Outros estavam sob viadutos ao longo da BR 101, ou ainda em bairros, como o Lagoão, Mato Alto e Coloninha.