Pelo Estado Entrevista – Jorge Goetten, presidente estadual do Republicanos
No próximo dia 7, o deputado federal e presidente estadual do Republicanos em SC, Jorge Goetten, organiza um evento com a presença do presidente nacional do partido, o deputado federal Marcos Pereira. A Coluna conversou com Goetten para saber sobre os planos e atual situação do partido. Confira:
Pelo Estado – Com quem o Republicanos estará em 2026?
Jorge Goetten – O Republicanos vai estar onde o governador Jorginho estiver, sem dúvida. Estamos comprometidos com a sua reeleição. É um partido alinhado e aliado e, por que não dizer, é o partido do governador Jorginho também. O vice-presidente do Republicanos é o seu irmão, Juca Mello e isso por si já responde a pergunta. Do mesmo modo, na eleição nacional estaremos aonde ele direcionar. Devemos ver quais os movimentos que vão acontecer a nível de Brasil e qual vai ser o campo de oposição. E tudo leva a crer que o nome que vai ser lançado como oposição ao presidente Lula, vai ser o Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que coincidentemente é do Republicanos. Mas mesmo que não fosse ele, fosse outro candidato, nós estaríamos juntos no projeto do governador Jorginho.
Pelo Estado – Como o senhor definiria a atual situação do partido? Podemos dizer que o Republicanos é um partido de extrema direita?
Jorge Goetten – Eu diria que o Republicanos é um partido conservador de centro-direita. Nos próprios quadros do Republicanos você não vê quase nenhum extrema-direita, não vê extremismo. Temos lideranças que dialogam com todas as correntes políticas, mas é um partido conservador, sem ser de extrema-direita, mas sim centro-direita.
Pelo Estado – Como o senhor avalia o atual cenário político estadual?
Jorge Goetten – O Governador Jorginho ainda não chegou na metade do seu mandato. Isso porque quando o governante se elege, ele tem a possibilidade de renovação, totalizando 8 anos. E o Governador, com 2 anos e meio, já entregou muito mais do que havia prometido. Ele tem feito um governo exemplar, atuando em todas as áreas do Estado. Não tem um cantinho, uma área, um setor do Estado que o Governador não tenha cuidado, não tenha dado atenção. Eu, particularmente, gosto muito da questão dele se preocupar bastante com estradas, com logística, com as rodovias estaduais e, agora, com a implantação do Estrada Boa Rural. Cuidar também das estradas vicinais, das estradas rurais, isso é de uma valia sem tamanho. E o que também gosto muito é porque ele faz uma gestão humanizada, cuidando das pessoas. Ele tem melhorado a saúde por meio de um plano de incentivo aos hospitais. Já fez quase um milhão de cirurgias – numericamente mais cirurgias do que o estado de São Paulo, Rio de Janeiro – porque não é só obra. A obra é importante, mas o importante também é esse cuidado com as pessoas e o Governador faz essa gestão humanizada. Então, é um Governo que entrega muito. Ele é do Oeste Catarinense, nasceu em Ibicaré, na região de Joaçaba, mas todas as regiões do Estado estão sendo contempladas por ações. Eu diria que é um Governo que caminha para uma reeleição muito boa, com avaliações e índices fantásticos. Respeitamos a oposição, é legítimo ter oposição. Mas estamos convictos que a reeleição será tranquila. Estamos juntos para mais quatro anos com o Governador Jorginho.
Pelo Estado – E o nacional? A que atribuiria esta polarização que divide o país?
Jorge Goetten – A política nacional vem polarizada desde 2018. Eles se retroalimentam, tanto o Lula como o Bolsonaro, a extrema esquerda com a extrema direita. Eu vejo que as pessoas estão cansadas disso. Elas querem começar a discutir o país de fato, discutir o que Santa Catarina precisa. Discutir rodovias mais rápidas, as ferrovias de que nós precisamos, a melhoria nos aeroportos, a melhoria na saúde. E hoje os debates estão muito comprometidos por causa dessa polarização, dessa ideologização da política, esse extremismo. Então, eu penso que nós vamos para um novo momento a partir de 2026. Penso que o candidato a presidente da República deve ser o Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos. Como candidato a vice pode ser Rogério Marinho, Michelle Bolsonaro ou um nome que represente o centro – MDB, PSD ou Progressistas. Qualquer liderança dessa envergadura aí e que representa esse espectro político é bem-vinda. O Lula vai para a reeleição e, por pior que esteja, não podemos subestimar. E o Tarcísio é o candidato que o Brasil quer, é o candidato que a população quer. É um candidato que vai despressurizar, trazer o debate para a mesa de novo, debate sobre o que queremos para o Brasil. É uma liderança que tem condições de tesourar muitos desperdícios que tem no poder público, se livrar de algumas empresas que só dão prejuízo, como os Correios. Privatiza os Correios e olha só o que vai trazer de benefício para a economia do País. Tarcísio tem essa autoridade, liderança, competência e inteligência com apoio do Bolsonaro e da direita. Eu acho que não tem outra saída, essa é a realidade. Eu gosto de fazer leitura baseado mais em fatos, em coisas palpáveis. E hoje tudo caminha para o Tarcísio Freitas ser o candidato a presidente da República. Não vejo outro nome que reúna tantas competências e que consiga agregar tanta gente ao redor dele. O Tarcísio é o candidato que vai acabar com essa polarização e brigas desnecessárias que não enchem barriga.
Pelo Estado – Qual a sua opinião sobre a atual relação entre governo do estado e governo federal? O diálogo, ou a falta dele, trará que tipos de consequência para os catarinenses?
Jorge Goetten – Eu sou sempre a favor do diálogo. O governador Jorginho tem conduzido o Governo de uma forma que tem dado certo. Então, quem sou eu para dizer que ele tem que mudar o rumo das relações dele? Mas eu sempre acho que as instituições, governos municipais, governos estaduais e governo federal, elas foram escolhidas legitimamente pelo povo. E o ex-governador Luiz Henrique era muito sábio quando dizia, e praticada isso, que a partir do momento que a gente se elege, a gente enrola as bandeiras partidárias. Eu acho que todo mundo ganha, quando a gente abre diálogo todo mundo ganha. Papa Francisco dizia que, ou a gente aposta no diálogo e no encontro, ou todos perdemos. Então é importante a gente dialogar sempre que possível, porque afinal de contas as pessoas que se elegem estão ali como uma instituição representando um CNPJ. É através de diálogo que a gente vai conquistando espaços, trazendo recursos que são de direito nosso para o nosso Estado.
Pelo Estado – E quais os planos do partido para as próximas eleições? A sigla tem algumas cartas na manga para aumentar a representatividade do Estado em Brasília e sua representatividade na Alesc?
Jorge Goetten – O Republicanos em Santa Catarina tem trabalhado muito. Considerando que o partido é de fato do governador Jorginho, isso facilita porque muita gente quer estar próximo do Governador, mas de repente não quer ir para o PL por uma questão local ou regional e, então, se sente mais à vontade no Republicanos. O Republicanos praticamente não existia, ele não estava presente em muitos municípios nas eleições municipais. Então, facilita muitas lideranças virem para construir seus sonhos, seus projetos no Republicanos e ao mesmo tempo estarem alinhadas com o governador. Ele mesmo tem trazido muitas lideranças para o partido. Sem dúvida que o Republicanos não estaria sendo um partido atrativo como ele está em Santa Catarina se não tivesse esse apoio. Estamos construindo uma boa nominata de deputados estaduais e federais em todas as regiões. Devemos sair das urnas em 2026 com quatro a seis deputados estaduais, sem dúvida, e dois a três deputados federais Isso sem considerarmos o cenário do Tarcísio ser candidato a presidente. Agora, Tarcísio sendo candidato a presidente, que eu penso que é o candidato ideal e que todo mundo quer, aí o cenário para a nominata de deputados estaduais e federais do Republicanos fica melhor ainda e podemos pensar em fazer mais. A situação do Republicanos a nível nacional ajuda bastante. Ele é conduzido pelo presidente Marcos Pereira, que é uma das grandes lideranças do Brasil, e pelo presidente da Câmara Federal Hugo Mota. Tudo isso tem ajudado o partido a crescer no Brasil todo e em Santa Catarina também está crescendo. Eu ando por todo o Estado, há uma sensação que o governador Jorginho vai ter uma reeleição muito tranquila. Então, quer dizer, todo mundo quer ficar próximo também do poder, quer ficar próximo do Governador. Essa perspectiva traz aliados também e isso tem ajudado bastante a nossa nominata de candidatos.