O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul confirmou, na noite desta quinta-feira (10), a morte da menina de 11 anos que havia caído de uma das bordas do Cânion Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul. A vítima, que era natural de Curitiba (PR), estava no local acompanhada dos pais e dois irmãos.
De acordo com os bombeiros, o corpo da criança foi localizado a cerca de 70 metros de profundidade em relação ao ponto da queda. O local de difícil acesso exigiu o uso de técnicas de rapel para a remoção. A operação contou com o trabalho de equipes do Corpo de Bombeiros de Cambará do Sul, Canela e Gramado, além de Samu, Polícia Militar, Polícia Civil e três aeronaves — duas do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina.
A menina foi localizada por volta das 17h30 com o auxílio de um drone com câmera térmica, mas o resgate só foi concluído às 22h55, devido às dificuldades do terreno.
Criança tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Segundo o secretário de Turismo de Cambará do Sul, Andrews Mohr, a família fazia uma pausa para lanchar em um banco de descanso quando a menina, que tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA), saiu correndo em direção ao penhasco. O pai tentou alcançá-la, mas não conseguiu impedir a queda.
Nota oficial e solidariedade
Em nota oficial, o Corpo de Bombeiros Militar do RS manifestou pesar pela tragédia e solidarizou-se com os familiares da vítima:
“Neste momento de luto e consternação, nos solidarizamos com os familiares, amigos e toda a comunidade atingida por essa perda irreparável. Que encontrem na fé a força para superar a dor da ausência. À família, nossa mais sincera homenagem, respeito e solidariedade.”
Sobre o Cânion Fortaleza
O Cânion Fortaleza é o maior do Brasil, com paredões de até 900 metros de altura e 7,5 km de extensão. Localizado a cerca de 23 km do centro de Cambará do Sul, dentro do Parque Nacional da Serra Geral, o local é um dos principais atrativos turísticos da região sul do país.
Entre as trilhas mais conhecidas do parque estão a Trilha do Estacionamento (1 km, ida e volta) e a Trilha do Mirante (3 km), de onde é possível avistar toda a formação do cânion e, em dias claros, até o litoral e a cidade de Torres (RS).
O parque recebe milhares de visitantes todos os anos, sendo especialmente procurado por famílias e amantes do ecoturismo. A tragédia reacende o debate sobre medidas de segurança e acessibilidade para pessoas com deficiência em áreas de risco.