Cúpula do União Progressista, federação partidária que congrega o União Brasil e o Progressistas, chegou a um denominador comum em relação a sua presidência em Santa Catarina. Depois de muita conversa, foi decidido que a federação terá uma presidência compartilhada pelo presidente estadual do União Brasil, o deputado federal Fábio Schiochet, e o pelo ex-deputado federal Leodegar Tiscoski, que é o presidente estadual do Progressistas. A métrica é a mesma utilizada para definir o comando do União Progressista nacional, que colocou na presidência da federação, de forma compartilhada, os presidentes nacionais do União Brasil, Antônio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira.
Em relação a Santa Catarina, este acordo acabou suspendendo, pelo menos temporariamente, as tratativas que visavam a realização de uma convenção estadual para escolher o novo presidente do Progressistas. Em princípio, o deputado estadual José Milton Scheffer era o nome de seu partido para substituir Leodegar, mas este assunto não será tratado neste momento.
Habilidoso, e focado em manter seu fiel escudeiro na presidência do partido, o senador Esperidião Amin (PP) quer primeiramente acertar os ponteiros da federação, que precisará elencar 45 candidatos a deputado estadual e outros 21 a federal para o pleito do ano que vem. Afora isto, o próprio Amin quer ter a certeza de que seu projeto de reeleição terá viabilidade eleitoral.
O fato é que o atual grupo que comanda o Progressistas catarinense, composto principalmente por Leodegar, Amin e Aldo Rosa, está inclinado a buscar aproximação como o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL). Já o grupo reformista, comandado pelos deputados estaduais Zé Milton, Altair Silva e Pepê Colaço, não está sintonizado, necessariamente, com Jorginho. Altair Silva, diga-se de passagem, tem participado de eventos promovidos pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que é pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSD.
Com Leodegar na presidência, Esperidião Amin tem a garantia que o Progressistas será conduzido para o projeto que melhor lhe convier ano que vem. Ainda que seja com João Rodrigues, esta decisão passará inevitavelmente pelo crivo do senador. Garantia esta que ele não tem com os reformistas.
Sempre é bom lembrar que os deputados estaduais do Progressistas fazem parte do parlamento estadual, mesmo parlamento que tem na presidência Júlio Garcia (PSD), principal articulador da pré-candidatura de João Rodrigues até o momento. Conhecedor da política catarinense como poucos, Amin quer se blindar, e, por conta disto, não parece nenhum pouco preocupado com o desgaste que a permanência de Leodegar na presidência do Progressistas possa gerar. Como se costuma dizer aqui em nossa região: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Finais
Vereador araranguaense Samuel Nunes, o Samuca (PSD), está promovendo uma campanha que objetiva transferir a distribuição de energia elétrica de seu município, que atualmente é feita pela Celesc, para uma cooperativa de eletrificação. De acordo com Samuca, “a atual distribuição de energia sob a responsabilidade da Celesc não tem atendido de forma satisfatória às necessidades da população de Araranguá”. Conforme ele, “falta de energia recorrentes, demora no restabelecimento do fornecimento, dificuldades de comunicação com os canais de atendimento e a falta de investimentos locais têm gerado insatisfação generalizada”. Conforme o vereador, além disto a Celesc tem realizado cobrança indevidas diretamente na fatura de energia elétrica, relacionadas a serviços como planos de saúde, telemedicina e seguros”, que não teriam sido solicitados pelos consumidores. Em Sombrio e em Balneário Gaivota já ocorreu um movimento neste mesmo sentido, mas o assunto acabou caindo no esquecimento.
O deputado estadual José Milton Scheffer pediu cautela na análise de projetos sobre a prática do balonismo, que estão tramitando na Assembleia Legislativa. O parlamentar defende que seja aguardada, primeiramente, a regulamentação do setor, o que está sendo promovido pela Agência Nacional de Aviação Civil, a ANAC. Em princípio, esta regulamentação deverá estar publicada no Diário Oficial da União até o final deste ano. Para Zé Milton, uma regulamentação oriunda da Assembleia Legislativa, que não esteja sintonizada como órgão federal do setor, poderá criar mais confusão do que solução para a prática do balonismo no Estado. Toda esta movimentação tem como origem o acidente ocorrido com um balão de ar quente em Praia Grande, em junho, que vitimou oito pessoas. Desde então, os voos de balão no município diminuíram mais de 50%, trazendo prejuízos em escala a todo setor ligado ao turismo, como restaurantes, pousadas e hotéis.