No dia 23 de abril é comemorado o “Dia Mundial do Livro”, em homenagem ao imortal escritor espanhol Miguel de Cervantes, autor da obra épica “Dom Quixote”. Inicialmente a data não era esta, mas sim o 05 de abril, dia em que teria nascido o escritor, todavia, como a data de seu nascimento era incerta, decidiu-se pelo 23 de abril, dia em que faleceram: o próprio Cervantes e mais outro gênio da Literatura mundial: William Shakespeare (inglês).
As pessoas pouco familiarizadas com a literatura se assustam com nomes de autores famosos, clássicos que escreveram obras que foram e sempre serão os eternos “Best-seller”, normalmente livros volumosos, com muitas páginas e não poucas vezes compostos de dois ou mais exemplares. Alguns até escritos na Idade Média (476/1453d.C.) ou na Idade Moderna (1453/1789d.C.) e, assim, por estes motivos, não os leem, evitam-nos, achando que serão enfadonhos, cansativos e que não irão entender.
É lamentável, triste, que pensem e ajam assim. Porque, na maioria das vezes, não é o caso. Vejam, por exemplo, o “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, é uma narrativa extremamente divertida, pois o autor usa muito aquilo que em literatura chamamos de “ironia” ou “retórica”. Trata-se de um recurso por meio do qual se diz o contrário do que se quer dar a entender, ou sentido diverso ou oposto ao que deveria ser empregado, o que torna a narrativa agradável e de fácil de entendimento, em que pese abordar temas lúcidos e inteligentes… Profundos.
De forma que ninguém deve se impressionar e nem fugir de nomes de autores e livros famosos, conhecidos como os clássicos. Exemplos, Victor Hugo (francês) e seu livro “Os Miseráveis”; Eça de Queiroz (português) com “O Crime do Padre Amaro”; ou Fiódor Dostoiévski (russo) com “Crime e Castigo”; ou então nacionais: Machado de Assis e seu “Dom Casmurro”; Érico Veríssimo com “O Tempo e o Vento” ou Jorge Amado “Tieta do Agreste”, e assim por diante com tantos outros que o espaço aqui não me permite enumerá-los.
Vamos! Tente! Não tenhas medo. Verás que a tua visão sobre a Vida, o Universo e a Criatura Humana, enfim, sobre tudo o que existe irá mudar… E até do que não existe. Aceitarás mais a tua humanidade, a tua fragilidade e os teus erros, bem como tudo isso em relação aos teus irmãos. Passarás a pensar por ti mesmo, distinguindo o certo do errado e o possível do impossível. Além disso, e talvez o principal, é que irás te expressar melhor, falando e escrevendo com mais clareza e criatividade.
Mas oh! Não te esqueças! Se vais te aventurar pelos labirintos da literatura de qualidade, ou clássica, leva contigo um Dicionário e um Tradutor, o quê, aliás, hoje em dia já vem acoplado ao teu celular. Na dúvida, vai sempre no “amansa burro”, como diziam os nossos velhos professores, os verdadeiros mestres, os quais se preocupavam não só com o nosso conhecimento pedagógico, intelectual e cultural, como também com o humano e espiritual. Boa sorte!