A Polícia Civil detalhou, por meio de nota assinada pelo Delegado-Geral Ulisses Gabriel (foto de arquivo) a dinâmica da prisão de um foragido pertencente a uma organização criminosa armada para o tráfico de drogas. O caso, que ocorreu durante uma abordagem policial, resultou no disparo acidental que atingiu uma mulher que já estava no veículo utilizado pelo criminoso.
Conforme as informações divulgadas, o foragido entrou sozinho no Uber para tentar despistar as autoridades. No momento da abordagem, o motorista do veículo, ao invés de obedecer à ordem policial, deu marcha à ré em direção à viatura e aos policiais civis, configurando um ato de agressão injusta. Em resposta, houve um disparo para conter a ameaça, mas o tiro atingiu a passageira.
A polícia destaca que se trata de um caso de “aberratio ictus”, termo jurídico que define o erro na execução de um ato, quando o resultado atinge uma pessoa diferente da pretendida. “O resultado não foi em nenhum momento desejado, mas a grande responsabilidade pelo caso foi do condutor do veículo e de quem misturou a jovem com o mundo do crime”, afirmou Ulisses Gabriel.
A investigação segue para apurar as circunstâncias do crime e a possível participação do motorista no auxílio ao foragido. Já a mulher baleada recebeu atendimento médico, e seu estado de saúde não foi informado.
A Polícia Civil reforça que adota rigor na apuração de condutas de agentes, e diversos policiais já foram afastados por irregularidades. No entanto, no caso em questão, as provas demonstram que a ação policial foi legítima diante da ameaça sofrida.
Mais informações devem ser divulgadas nos próximos dias conforme avançam as investigações.