O Sindicont, Sindicato dos Contabilistas do Vale do Araranguá, administrações municipais e entidades como a OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, estão empenhados em evitar que a agência da Receita Federal feche em Araranguá.
Representantes das entidades participaram de uma reunião com o delegado da Delegacia da Receita Federal Saulo Figueiredo para discutir o assunto.
Figueiredo explicou que o planejamento da RF é substituir a agência física pelo PAV, Plano de Atendimento Virtual, em parceria com a prefeitura de Araranguá. O prefeito César Cesa, que estava no encontro, não aprovou a ideia e quer a manutenção da agência na cidade.
O delegado justificou a decisão alegando os custos da manutenção do local, que possui cinco servidores efetivos e alguns estagiários, além do avanço tecnológico.
Os argumentos não convenceram. O vice-presidente do Sindicont, Edio Silveira, diz que os contadores realmente realizam a maior parte dos serviços junto a Receita através da internet; mas não acontece o mesmo com a população de maneira geral. Agricultores que precisam de notas relacionadas às suas atividades ou pessoas que desejam sanar questões do CPF seriam prejudicadas. “Imagina alguém ter que sair de Praia Grande e ir até Criciúma, que é onde ficará a agência da Receita. São quase 200 quilômetros ida e volta”, exemplifica Edio.
Na semana passada, outra reunião foi realizada para discutir o assunto, com os prefeitos da região. Eles foram alertados do novo risco de fechamento da agência. Fato semelhante já tinha ocorrido há cerca de quatro anos, e naquela ocasião a intenção foi revertida e a RF permaneceu.
Para Edio Silveira, um dos motivos dos frequentes ataques às instituições que atendem o Extremo-Sul Catarinense é a pequena representação política da região. “Temos que mudar isso, e eleger mais representantes daqui, comprometidos com as nossas causas”, diz.
A Receita Federal ainda não bateu o martelo sobre o fechamento ou não da sua sede de Araranguá.
