Conversas de bastidores da política em Brasília, e em Florianópolis, dão conta que a deputada federal Geovania de Sá poderá deixar o PSDB e se filiar ao Republicanos, para disputar a reeleição em 2026. Em 2022 a parlamentar amargou a primeira suplência da federação partidária composta por PSDB e Cidadania, que elegeu apenas Carmem Zanotto (Cidadania) para a Câmara Federal. Na eleição deste ano, Carmem foi eleita prefeita de Lages, o que dará a Geovania dois anos e um mês como titular de uma cadeira legislativa no Congresso Nacional.
Para a próxima eleição estadual, Geovania não vê muitas expectativas dentro do PSDB, ou dentro de uma federação com o Cidadania, caso ela seja mantida. Os dois partidos não têm nomes de peso para disputar a Câmara Federal, o que acaba deixando a legenda tucana, ou federativa, muito alta. Por outro lado, caso o deputado estadual Marcos Vieira, ou o deputado estadual Vicente Caropreso decida disputar uma vaga de deputado federal, a parlamentar correria o sério risco de amargar novamente uma suplência no PSDB. Mesmo risco que correria caso a federação com o Cidadania seja mantida e Carmem Zanotto decida usar seu poder de fogo para eleger um correligionário como deputado federal. Vale lembrar que a partir de janeiro ela terá a Prefeitura de Lages nas mãos.
No Republicanos Geovania dificilmente seria a mais votada em um projeto de reeleição, já que o atual presidente do partido, Jorge Goetten, emplacou quase 160 mil votos em 2022 como candidato a deputado federal. Em 2026, no entanto, o Republicanos tem amplas chances de emplacar dois deputados federais: uma vaga seria de Goetten e outra de Geovania. Afora isto, Jorge Goetten também pode disputar uma vaga majoritária, concorrendo ao Senado, ou como candidato a vice de Jorginho Mello (PL), numa eventual dobradinha de extrema-direita no Estado. Nos dois casos, Geovania seria o principal nome do partido disputando a Câmara Federal.
FINAIS
Justiça Eleitoral da Comarca de Sombrio, que congrega também os municípios da Comarca de Santa Rosa do Sul, realizará no próximo dia 18 a diplomação dos prefeitos, vices e vereadores eleitos em Sombrio, Balneário Gaivota, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Passo de Torres e Praia Grande. Serão diplomados a prefeita reeleita de Sombrio, Gislaine Dias da Cunha (MDB), e seu vice, Jeriel Isoppo; o prefeito reeleito de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos (PSDB), e seu vice, Jonatã Coelho (PL); o prefeito reeleito de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), e seu vice, Pedrinho D’ávila da Cunha (MDB); o prefeito eleito de São João do Sul, Alex Bianchin (PP), e seu vice, Ismael Oliveira (PSD); o prefeito reeleito de Passo de Torres, Valmir Rodrigues (PP), e seu vice Mateus Porto (PP); e o prefeito reeleito de Praia Grande, Fanica Machado (PP), e seu vice, Elizeu Espíndola Pereira, o Colonão (PL). Em Sombrio e Balneário Gaivota serão diplomados 11 vereadores, e nos municípios de Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Passo de Torres e Praia Grande, serão diplomados nove vereadores em cada um.
Os sete vereadores eleitos pelos partidos de situação em Sombrio estão tentando chegar a um acordo para a eleição da Mesa Diretora do legislativo municipal, que acontecerá no próximo dia 1º de janeiro. Todos, por óbvio, têm a pretensão de ser presidente, pelo menos por um ano, mas isto é impossível porque cada legislatura tem somente quatro anos, o que contemplaria apenas quatro dos sete vereadores. Uma das propostas discutidas pelo grupo é a divisão do próximo quadriênio legislativo em sete períodos: seis de sete meses, e um de seis meses. Cada vereador, então, seria presidente em um destes períodos, em uma ordem cronológica ainda a ser definida. A tese, no entanto, não é consenso. O vereador eleito Jucimar Custódio, o Bujão (PSDB), por exemplo, diz não concordar com esta divisão. Em meio a este impasse, a oposição começa a ver a possibilidade de fazer composição com dois vereadores de situação, entregando a eles a presidência da Câmara Municipal, em dois períodos de dois anos para cada um, o que racharia com a base governista.