Prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), foi eleita presidente da Amesc, a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense, na última sexta-feira. O órgão congrega os 15 municípios de nossa região, e tem como principal finalidade representá-los junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal, além de orientar as prefeituras nos mais diversos aspectos, com destaque para as questões administrativas e financeiras.
Os bastidores da eleição foram bastante tensos, isto porque o Progressistas queria que fosse cumprido um acordo, firmado há duas décadas, dando conta que o primeiro presidente, de cada novo mandato, fosse escolhido dentro do partido que elegesse mais prefeitos. Nas últimas eleições de outubro, o Progressistas elegeu seis prefeitos, alcançando o maior número de futuros chefes de Executivo em nossa região a partir de janeiro. Em princípio, caberia ao partido, então, indicar o presidente.
A grande questão, como ressaltado, é que este acordo foi firmado há vinte anos, e o MDB, que elegeu quatro prefeitos, não concordou em mantê-lo, já que os futuros chefes de Executivo eleitos pelo partido não participaram de tais tratativas.
Em meio a discussão, o Progressistas convergiu para o lançamento do nome do prefeito eleito de São João do Sul, Alex Bianchin (PP), como candidato a presidente da Amesc. Já no MDB eram ressaltados o nome do prefeito reeleito de Araranguá, César Antônio Cesar, como também o de Gislaine Cunha. César, no entanto, abriu mão desta pretensão, deixando o caminho aberto para que a prefeita de Sombrio postulasse a presidência da Associação.
Com o impasse em relação a eleição estabelecido, os prefeitos não haviam chegado a um acordo quanto a votação para a escolha, que foi até mesmo adiada para um outro momento. Acalmado os ânimos, no entanto, os prefeitos do Progressistas acabaram concordando com a eleição por aclamação de Gislaine Cunha, desde que fosse garantido que Alex Bianchin assuma o comando da entidade em 2026.
A questão é que o Progressistas ficou sem muita saída, isto porque a única chance que o partido teria de comandar a Amesc, em 2025, seria através da manutenção do acordo firmado no início dos anos 2000. Como esta possibilidade foi descartada e a votação para a escolha se tornou evidente, também ficou bastante claro que Gislaine Cunha seria eleita. O fato é que o Progressistas elegeu seis prefeitos, e, portanto, tem seis votos. Gislaine, no entanto, estava na iminência de conquistar nove votos. Ela e os outros três prefeitos do MDB seguiriam este caminho de forma natural, assim como os prefeitos de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos (PSDB) e Almides da Rosa (PSDB), que têm o Progressistas como seu principal adversário em nível local. O prefeito de Maracajá, Anibal Bambila (PSD), que também rivaliza com o Progressistas, já havia declarado voto em Gislaine. Já o prefeito de Meleiro, Anderson Scarduelli (PL), e o prefeito de Ermo, Paulinho Della Vechia (PL), também votariam em Gislaine por conta da afinidade que ela mantém com o partido. Diante dos fatos, o Progressistas arrefeceu seus ânimos e Gislaine Cunha foi eleita.
FINAIS
Com a eleição de Gislaine Cunha para a presidência da Amesc, será a sétima vez que um chefe de Executivo municipal de Sombrio assumirá o comando da entidade. Os outros seis foram Arlindo Cunha (PFL), que é o pai de Gislaine, Evânio Iris Machado (PFL), Aldair Kozuchivski, o Polaco (MDB), Leopoldo Renato Alves da Silva, o Podinho (MDB), José Milton Scheffer (PP) e Zênio Cardoso (MDB). O único município que também elegeu sete presidente da Amesc foi Araranguá, no entanto, os ex-prefeitos de Sombrio, Arlindo Cunha e Podinho comandaram a entidade em dois períodos de um ano. Já de Araranguá, apenas o ex-prefeito Primo Menegalli (PSDB), comandou a entidade em dois períodos de um ano.
Partido Liberal realizou ontem, em Balneário Gaivota, confraternização de final de ano, congregando líderes da legenda dos 15 municípios de nossa região. Cerca de 200 pessoas atenderam ao convite da Coordenação Regional, que está a cargo do advogado sombriense André Fernandes. O principal foco do PL, a partir de agora, é organizar e estimular sua militância para o pleito estadual e nacional de 2026. Ainda que o cenário para a Presidência da República esteja nebuloso para o partido, em nível estadual o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL) está em franca cavalhada. O PL também prospecta a possibilidade de lançar candidato a deputado estadual em nossa região. O nome do partido para este desafio, no entanto, ainda não está definido.