O Corpo de Bombeiros de Imbé (RS) segue em busca do corpo do menino Miguel Rodrigues, de 7 anos, criança morta pela mãe e a madrasta que teve o corpo jogado no rio Tramandaí, na última quinta-feira (29).
Os soldados intensificaram as buscas nesta terça-feira (3) também no litoral do Rio Grande do Sul e ampliaram o perímetro por cerca de 100 quilômetros até a divisa do estado de Santa Catarina.
Na reconstituição informal ocorrida na noite de domingo (1), Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, detalhou como eram as agressões à criança, que chegou a passar dias presa em um pequenos espaços no banheiro e dentro de um armário.
No dia do assassinato, o menino foi espancado pela mãe, Yasmin Rodrigues, de 26 anos, antes de ser dopado com antidepressivos. Depois, a criança teve os ossos quebrados para caber em uma mala. Essa, que foi jogada no rio em uma tentativa de ocultar o crime.
Peritos criminais e técnicos criminalísticos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram na noite desta terça-feira (3) em dois apartamentos onde o menino Miguel dos Santos Rodrigues, sete anos, morou com a mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26, e a namorada dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa. Segundo a Polícia Civil, os imóveis ficam no Balneário Santa Terezinha e no centro de Imbé, no Litoral Norte. O menino segue desaparecido, e o casal está preso.
Foi encontrada uma corrente, que a polícia acredita que era utilizada para prender o menino, e cadernos, que demonstrariam que o garoto era obrigado a escrever frases ofensivas. “A criança era obrigada a copiar as frases escritas”, diz o delegado Antônio Carlos Ractz, responsável pela investigação.
Já havia sido encontrado um vídeo (transcrito abaixo), que demonstrava o caráter torturante dos relacionamentos:
Companheira da mãe: “Por que quando a tua mãe está aqui tu se joga? E dá com a tua cara no armário sendo que comigo agora eu abri e tu botou o teu pé direito pra sentar?”
Criança: “É porque com ela eu acho que daí ela me ajuda. Com ela eu tento me aparecer de todos os jeitos pra ela dizer: ‘não, vou deixar ele solto, porque olha, ele não consegue segurar o xixi e ele preso ele não consegue ir no banheiro sozinho, ele precisa avisar e ele não tá avisando, então eu vou deixar ele solto'”
Companheira da mãe: “Eu vou te cuidar. Se a tua mãe chegar e tu te mijar eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto e tu vai sair todo quebrado, se tu se mijar eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara. Tu tá entendendo? E vai ser bem tranquilo pra mim.”
Correio do Imbé e Polícia Civil RS